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sábado, 5 de abril de 2008

Deus nos livre de outros males, da ALCA o governo Lula já nos livrou

Não submissão à Alca livrou Brasil da quebradeira ianque

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que a política de diversificação de mercados imprimida pelo governo do presidente Lula tornou o Brasil menos vulnerável aos efeitos da crise norte-americana, ao contrário dos países que firmaram acordos de livre comércio com os EUA. “Há um trabalho do Center for Economical and Policy Research que diz que a crise americana provocará impactos em todos os países das Américas, mas os impactos mais agudos serão sentidos pelas economias mais integradas pelos Estados Unidos, aquelas que mantêm acordos de livre comércio com os Estados Unidos”, disse Amorim na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Logo que foi eleito no primeiro mandato, o governo Lula impediu que o país fosse submetido à Alca, como queria seu antecessor, FHC.

O ministro destacou que o comércio do Brasil com os países do Mercosul cresceu a ponto de atualmente ser considerado mais importante que os Estados Unidos. Quanto à América Latina e Caribe, as relações comerciais cresceram 262% no governo Lula, tornando a região mais relevante do que a União Européia.

Amorim lembrou, em entrevista recente, que o economista Albert Fishlow (da Columbia University) “disse que o desenvolvimentos dessas relações sul-sul é uma das razões pelas quais o Brasil encontra-se menos vulnerável aos problemas na economia americana. Fishlow sempre defendeu a Alca, no lugar de nossas iniciativas como a relação especial com a China, a África, os países árabes e sobretudo com a própria América do Sul. Quando ele fala agora sobre o Brasil e a crise americana, não há a menor dúvida de que optamos pelo caminho certo. Ao criarmos o G-20, acabamos por extrapolar o âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Isso nos valeu uma credibilidade enorme com os países em desenvolvimento, que acaba enfim se refletindo no clima dos negócios. Entre 2003 e 2007, num contexto em que as relações comerciais do Brasil cresceram como nunca, a participação dos países em desenvolvimento no montante de nossas exportações, que era de 45%, trocou de posição com a dos países desenvolvidos, que correspondia a 55%. Hoje é exatamente o contrário, o que nos deu um colchão para enfrentar a crise. A maioria dos economistas está dizendo agora que a esperança de crescimento do mundo reside nos países emergentes. E veja que não são economistas de esquerda, não são os alternativos”.

Quanto à diferença entre a política externa do governo Lula em comparação à de FHC, Celso Amorim disse que “mudaram as ênfases e as intensidades com que certos temas são tratados. Quando eu era embaixador na ONU, o Brasil sempre teve proximidade com os africanos. Não se pode dizer, portanto, que a boa relação com a África é uma invenção do governo atual. Agora, vá comparar a intensidade dessa relação antes e depois. Os países árabes eram antes uma coisa distante. Agora somos convidados para a Conferência de Annapolis sobre Oriente Médio. Não me consta que no passado isso ocorresse. No segundo dia do governo Lula, criou-se o foro Índia-Brasil-África do Sul (Ibas). Não é coincidência que, à exceção daqueles diretamente envolvidos na problemática da região, os únicos três países convidados logo de início para Annapolis tenham sido justamente Índia, Brasil e África do Sul. Isso tem um impacto em toda a política internacional”.



Fonte: http://www.horadopovo.com.br/

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