A década de 1990 foi muito movimentada no mundo da política em Riachão do Jacuípe, depois de outras décadas de uma certa "paz" imposta pela ignorância, conivência e comodismo de algumas instituições e de muitos jacuipenses.
Neste período, uma boa coincidência entre os melhores anos de atuação da Igreja Católica local e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais proporcionaram uma revolução no comodismo da população.
Destacou-se a militância de vários leigos, que graças a, e com, o Pe. José Silvino, fizeram uma reflexão sobre o comportamento da paróquia e da população jacuipense. Isto foi suficiente para que vários acontecimentos desencadeasse uma transformação valiosa e conflitante.
Alguns leigos resolveram assumir a militância política, e quase dez anos após, instalaram um diretório do Partido dos Trabalhadores no município. Porém muito antes, a atuação crítica de vários leigos resultou em convites para os mesmos assumirem postos na administração municipal.
Após três décadas, o município passou às mãos de outro grupo político diferente daquele comandado pelo ex-prefeito, ex-deputado estadual e grande chefe político Eliel Martins. Entretanto o prefeito eleito no ano de 1996 foi um dissidente daquele grupo, mas não tinha diferença ideológica dos adversários, apenas o conflito por desejar o mesmo cargo que outros desejavam e só era possível apenas para um, o de prefeito.
Naquele ano, apenas duas candidaturas foram registrada para o referido cargo. A atuação da igreja como a mais ferrenha crítica das administrações anteriores foi utilizada pelo candidato adversário (o que ganhou a eleição daquele ano), como se a igreja o apoiasse. O que em verdade, não foi bem isso. O apoio veio por conseqüência e não de forma planejada. Não se tinha partido organizado na época em que os militantes da igreja atuaram de forma crítica e assim não podiam lançar uma candidatura comprometida com os projetos, valores e orientações da igreja. Não tinha sequer leigo atuante daquela militância, filiado a partido político.
Desta forma, pelo fato de a igreja está desde 1991 realizando trabalho de conscientização política, incentivando aos leigos para que se comprometessem com os rumos políticos, à luz da doutrina social da igreja, trabalho este, que demanda muito tempo e o já transcorrido não tinha sido ainda suficiente.
Neste contexto a candidatura de Herval Campos, opositor de Valfredo Matos, herdeiro do posto de líder do grupo de Eliel Martins à época, acabou por ganhar forças com a atuação do trabalho da igreja.
Vencida a eleição, Herval convidou alguns leigos a integrar a sua equipe de governo, inclusive eu, fui um dos convidados que aceitou.
Embora temeroso, aceitei mesmo sabendo que o futuro governo não seria muito diferente dos anteriores, mas senti-me um tanto responsável por aquela mudança de mãos do poder. Aceitei por me sentir um pouco responsável por aquilo e principalmente para provar que era possível fazer o que pregava há anos. Fui muito mais como um crítico do que como um entusiasta, aliás, cá com meus botões, nunca tive entusiasmo algum por aquele governo que contou com o meu voto apenas por falta de outra opção "menos pior".
Percebendo os descaminhos do "novo" governo, fui o primeiro cidadão a reclamar, mesmo integrando seus quadros.
Nem a oposição o fez tanto, tão a tempo nem tão veementemente como eu. Sentia-me responsável em não permitir que minha presença no governo fosse utilizada para dar boa imagem a quem não a construiu com dignos esforços. Assim tratei logo de deixar claro que se eu não podia ser útil a uma verdadeira mudança, não permitiria ser utilizado para aparentar isso.
O texto abaixo, em forma de imagem é um exemplo do quanto fiz para evitar ser utilizado para enganar o povo jacuipense.
Clique sobre a imagem abaixo deste texto para que você possa ler o conteúdo do manifesto contido nela.
Neste período, uma boa coincidência entre os melhores anos de atuação da Igreja Católica local e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais proporcionaram uma revolução no comodismo da população.
Destacou-se a militância de vários leigos, que graças a, e com, o Pe. José Silvino, fizeram uma reflexão sobre o comportamento da paróquia e da população jacuipense. Isto foi suficiente para que vários acontecimentos desencadeasse uma transformação valiosa e conflitante.
Alguns leigos resolveram assumir a militância política, e quase dez anos após, instalaram um diretório do Partido dos Trabalhadores no município. Porém muito antes, a atuação crítica de vários leigos resultou em convites para os mesmos assumirem postos na administração municipal.
Após três décadas, o município passou às mãos de outro grupo político diferente daquele comandado pelo ex-prefeito, ex-deputado estadual e grande chefe político Eliel Martins. Entretanto o prefeito eleito no ano de 1996 foi um dissidente daquele grupo, mas não tinha diferença ideológica dos adversários, apenas o conflito por desejar o mesmo cargo que outros desejavam e só era possível apenas para um, o de prefeito.
Naquele ano, apenas duas candidaturas foram registrada para o referido cargo. A atuação da igreja como a mais ferrenha crítica das administrações anteriores foi utilizada pelo candidato adversário (o que ganhou a eleição daquele ano), como se a igreja o apoiasse. O que em verdade, não foi bem isso. O apoio veio por conseqüência e não de forma planejada. Não se tinha partido organizado na época em que os militantes da igreja atuaram de forma crítica e assim não podiam lançar uma candidatura comprometida com os projetos, valores e orientações da igreja. Não tinha sequer leigo atuante daquela militância, filiado a partido político.
Desta forma, pelo fato de a igreja está desde 1991 realizando trabalho de conscientização política, incentivando aos leigos para que se comprometessem com os rumos políticos, à luz da doutrina social da igreja, trabalho este, que demanda muito tempo e o já transcorrido não tinha sido ainda suficiente.
Neste contexto a candidatura de Herval Campos, opositor de Valfredo Matos, herdeiro do posto de líder do grupo de Eliel Martins à época, acabou por ganhar forças com a atuação do trabalho da igreja.
Vencida a eleição, Herval convidou alguns leigos a integrar a sua equipe de governo, inclusive eu, fui um dos convidados que aceitou.
Embora temeroso, aceitei mesmo sabendo que o futuro governo não seria muito diferente dos anteriores, mas senti-me um tanto responsável por aquela mudança de mãos do poder. Aceitei por me sentir um pouco responsável por aquilo e principalmente para provar que era possível fazer o que pregava há anos. Fui muito mais como um crítico do que como um entusiasta, aliás, cá com meus botões, nunca tive entusiasmo algum por aquele governo que contou com o meu voto apenas por falta de outra opção "menos pior".
Percebendo os descaminhos do "novo" governo, fui o primeiro cidadão a reclamar, mesmo integrando seus quadros.
Nem a oposição o fez tanto, tão a tempo nem tão veementemente como eu. Sentia-me responsável em não permitir que minha presença no governo fosse utilizada para dar boa imagem a quem não a construiu com dignos esforços. Assim tratei logo de deixar claro que se eu não podia ser útil a uma verdadeira mudança, não permitiria ser utilizado para aparentar isso.
O texto abaixo, em forma de imagem é um exemplo do quanto fiz para evitar ser utilizado para enganar o povo jacuipense.
Clique sobre a imagem abaixo deste texto para que você possa ler o conteúdo do manifesto contido nela.

4 Comments:
Companheiro, esse documento vale ouro. Deus te proteja sempre e principalmente nas horas que voçê lutar a fovor da democracia.
Olá companheiro,
Rendemos graças a Deus pela sua história de Fé e Política,Luta e Mística.
Que o Deus-Axé,Criador do Universo,te abençoe.Acredito que sua militância é proviniente de uma sincera e evangélica opção preferencial pelos pobres e oprimidos.
E como disse o teólogo e escritor José Lisboa,que você conhece muito mais do que eu:"Enquanto estivermos incomodando,estamos bem".
E o documento de Puebla:"Leigo:homem da Igreja no coração do Mundo e homem do Mundo no coração da Igreja"
Um forte abraço!
Caríssimo Janderson,
Que alegria retomar contato com você. Ainda mais, saber que você continua firme em seu ideal.
Obrigado pelos comentários animadores.
Muito Axé, muita paz e que Deus esteja sempre visível à humanidade através da ações daqueles que se dizem crentes em seu amor.
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