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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ARRUDA, RADICALIIIZE ARRUDA! É O MELHOR QUE VOCÊ TEM A FAZER AGORA, RADICALIIIZE ARRUDA!

Jose_Roberto_Arruda_DEMOO governador de Brasília, do Dinheiro Enfiado na Meia, ameaçou a alta direção do DEM hoje na reunião que o obrigava a tirar a bomba do colo do partido, dizendo que se radicalizassem com ele, ele também “iria radicalizar”.
Tudo segundo o Jornal Nacional.




Mas ficaram algumas perguntas de caráter “Nacional:
Soutoeserra
1. Qual foi a ameaça concreta que Arruda botou na mesa do DEM que forçou o partido a não definir nada?
2. O que Arruda quer dizer com “Vai radicalizar”?

3. Quais são os “podres” que Arruda tem na mão da alta cúpula do DEM, que diante de tanta indignação nacional, diante de todos os “partidos aliados” pulando fora e o deixando-o sozinho, “resolveu” nada fazer com Arruda?
4. Que “radicalização” tão grave é essa que Arruda botou na mesa, que fez com que a direção do DEM nada fizesse, mesmo com a posição de Impeachment da OAB Nacional, mobilização de CNBB, Congresso em ebulição, DEM em ebulição e a direção não decidiu nada?
5. Qual foi a posição de ACM Neto?
6. O que Paulo Souto acha? (amanhã em Mario Kertész ele deveria falar sobre isso…)
Radicaliza Arruda! Radicaliza!

Antonio do Carmo

DEM JÁ ERA, FOI, ACABOU!! (O texto não é meu, mas vou acrescentar um "GRAÇAS A DEUS" que acabou, enquanto lamento ter existido para fazer tanto mal (Vital)


Bem que o TSE avisou o DEM é o partido mais corrupto do Brasil. Está lá no site do TSE o DEM é o partido com mais políticos cassados por corrupção, maracutaias, compra votos, e até assassinatos, Hildebrando Motoserra Pascoal que o diga.Fora os remanescentes da ditadura militar que se alojam no DEM ex PFL. O Jorge Bornhausen presidente de honra do DEM, amigão de FHC e Serra, disse em 2005 que iria acabar com o PT. Inventaram mentiras, factóides, criaram CPIs do fim do mundo, usaram toda as técnicas de baixaria imaginável. O motivo derrubar o presidente Lula, tirar o governo do PT do poder, que estava beneficiando muito o povo brasileiro, principalmente os mais pobres, os mais necessitados. O DEM ex PFL foi minguando nas eleições de 2006, 2008, tornou-se um partido nanico. Rabo do PSDB, está em fase terminal, está sendo palco de corrupção explicita, nunca vista antes neste país. Demos emplumados, e seus parceiros do PPS entre outros, envolvidos de corpo inteiro em corrupção sem precedente. E agora Agripino Maia, Heráclito Fortes, Efraim de Morais, Kátia Abreu, Aceminho, Rodrigo Maia, Caiado, e o poderoso do DEM Bornhausen, vão pedir CPI? Vão investigar todos os corruptos do DEM? E o Arruda vai cair calado, ou vai abrir o bico e entregar o resto da corja? O importante é que o DEM que tanto mal fez e faz ao Brasil, acabou, já era, foi. Arruda o escolhido para ser vice do Serra desabou, já era. O castelo de areia desta vez desmoronou na cabeça deles!

Jussara Seixas

...E ASSIM SE PASSARAM TREZE ANOS: DE ELDORADO DOS CARAJÁS AO DISCURSO NEOESCRAVOCATA DO DEM

Por Washington Pereira


No dia 17 de abril de 1996, em Eldorado dos Carajás, a Polícia Militar do estado do Pará foi responsável pela morte de dezenove trabalhadores rurais sem-terra, naquele que se tornou o mais conhecido de todos os massacres de camponeses que, cotidianamente, acontecem por este Brasil afora. Na época, o governador do Pará era o tucano Almir Gabriel e a Presidência da República era ocupada pelo outrora "Príncipe dos Sociólogos", Fernando Henrique Cardoso, da coligação tucano-pefelê. Hoje, treze anos depois, os sem-terra e seus defensores - como a Irmã Dorothy Stang - continuam sendo mortos, os responsáveis pelos crimes continuam a utilizar chicanas jurídicas para permanecerem impunes, a mídia continua demonizando o MST (dentro da lógica de culpar as vítimas pela ação dos criminosos) e os setores que estavam no governo à época - tanto à nível estadual, quanto federal - continuam a aprontar das suas. O líder do DEM (nome de fantasia do velho PFL) na Câmara de Deputados, Ronaldo Caiado (que se tornou conhecido nacionalmente, na década de 1980, como presidente da famigerada União Democrática Ruralista-UDR), tem feito de tudo para impedir a aprovação de um projeto de lei que prevê a desapropriação de terras onde existam, comprovadamente, trabalhadores sendo explorados em condições análogas ao trabalho escravo. Pois é: são estes mesmos setores que aparecem diariamente nos meios-de-comunicação criticando o governo e defendendo a "modernização das relações trabalhistas" no Brasil. Provavelmente, "modernizar" para eles significa o retorno à época moderna (lá pelos idos dos séculos XVII e XVIII) quando, nas possessões portuguesas do lado de cá do Atlântico, predominava um certo tipo de mão-de-obra , a escrava, do qual esses senhores parecem ter tanta saudade...

Abrobrinhas Psicodelicas

A Folha usa César Benjamin ou César Benjamin usa a Folha?

Por Oldack Miranda
 

Ninguém aqui é criança. César Benjamin pode até ser um sujeito rancoroso. Mas o que li na Folha de S. Paulo não indica psicopatia nenhuma. O que há é muito oportunismo político. Da Folha e do César Benjamin. Agora, vem a segunda fase da manipulação midiática: os tais “formadores de opinião” escrevem como se fosse da maior seriedade o artigo safadinho de César Benjamin sobre um suposto fato que ele NÃO testemunhou negado por todas as testemunhas, de fato, da época.

Li, indignado o artigo de Eliane Catanhêde. Ela tentar dar um ar de seriedade ao texto de César Benjamin. Chega a afirmar que ele muda o foco das preocupações, sai a corrupção e entre o caráter dos governantes. Pois eu acho que na verdade entra em cena é o caráter dos jornalistas e editores da Folha de S. Paulo. Inclusive ela. É incrível como ela determina que o debate político agora passa a ser outro, não mais programas e idéias, mas sentimentos e emoções. UAU. Catanhêde está subestimando demais a inteligência de seus leitores.

Meus amigos dizem que eu estou superestimando a manipulação da Folha de S. Paulo. Acho que eles não entenderam a gravidade da coisa. A Folha de S. Paulo gastou uma página inteira para desqualificar o filme “Lula, o filho do Brasil”. Tudo bem, é um direito dela ter opinião, mesmo que deformada. Depois, gastou outra meia página para a autora do livro “Lula, o filho do Brasil”, Denise Paraná. Mas tudo aquilo já havia sido publicado. Na verdade, as matérias preparavam o clima para a terceira página, a que realmente interessava aos detratores do presidente Lula.

Então veio o artigo “Os filhos do Brasil”, do César Benjamin. Tudo muito bem articulado. O primeiro texto feito para caracterizar a prisão terrível a que ele foi submetido na ditadura militar, com uma memória assombrosa. Depois vem o texto que realmente interessava aos detratores de Lula. A calúnia, a infâmia editada num texto em que o articulista de repente perde a memória. Não se lembra de pessoas que trabalharam com ele na campanha eleitoral de 1994.

Fiquei sem saber se foi a Folha que usou César Benjamin ou o contrário. Não importa, eles se merecem. E Catanhêde, ora, Catanhêde já vem fazendo jornalismo esgoto já há algum tempo. Amanhã quem será o comentarista escalado?

 Fonte: Bahia de Fato

domingo, 29 de novembro de 2009

"Estive preso com Lula; não aconteceu nada", afirma Zé Maria

Marcela Rocha

José Maria é militante do PSTU e esteve preso com o presidente Lula, à época líder sindical no ABC paulista. A Terra Magazine, conta que, ao longo dos 30 dias que passou trancafiado em uma cela com "vários outros militantes", não viu "absolutamente nada" do que foi narrado por Cesar Benjamin em artigo na Folha de S. Paulo.

- A cela era pequena, cabiam tantos porque nos colocavam em beliches. Não acredito que Benjamin inventaria uma história como essa, mas eu estive lá, e não vi absolutamente nada. Inclusive, não tinha ninguém do MEP conosco na cela.

Veja também:
» Tendler: "Só um débil mental não viu que era piada do Lula"
» Leia o artigo de César Benjamin na Folha de S. Paulo
» Saiba mais sobre a prisão de Lula em 1980
» Siga Bob Fernandes no twitter

Na sexta-feira, 27, Benjamin acusou Lula de ter revelado, em 1994, uma tentativa de estupro dele, Lula, contra um "menino do MEP". Tentativa que teria acontecido em 1980, quando o então líder sindical Lula esteve preso por 30 dias, e na mesma prisão, com o jovem da organização de esquerda que já não existe, o MEP.

Lula esteve preso entre 19 de abril e 20 de maio de 1980. Presidia o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde lutava por liberdade e melhores condições trabalhistas para os operários, ainda sob a ditadura militar.

Para Zé Maria, o mais provável é que Benjamin tenha entendido a história equivocadamente. Ressalta que, embora seja "muito crítico" ao governo Lula, por julgar que "segue a mesma linha de partidos como DEM, PSDB... nunca confirmaria uma história como essas, nem faria esse tipo de acusação; seria leviano".

O militante ainda garante que, se algo do gênero tivesse acontecido enquanto estava preso com Lula, "seria inevitável que absolutamente todos vissem; era um local muito pequeno e com muitas pessoas". Zé Maria nega que tenha havido má fé de Benjamin, contudo enfatiza sua estranheza em relação ao artigo publicado na Folha:

- Achei muito estranho, estive preso junto por conta das greves que fazíamos no ABC e não houve nada, a não ser que Lula tenha sido preso em outras ocasiões, o que não aconteceu.

Conta também que revistas e jornais mais críticos ao governo ligaram para ele na tentativa de induzi-lo a confirmar a história contada por Benjamin: "É óbvio que neguei, eu estaria sendo leviano se confirmasse".

Segundo o militante, "é possível que a oposição se aproveite do episódio com fins eleitoreiros". "Collor já fez isso, lembra? Não duvido que usem, mas, como é uma história inverídica, não renderá frutos bons", acrescenta, para depois lembrar, que faz oposição a Lula, "pela esquerda", e que nunca usaria um episódio como esse.

"Não assisti ao filme 'Lula, o filho do Brasil', mas confesso que tenho um pouco de receio de assistir e concordar com o que muitos dizem sobre a mistificação criada em torno de Lula", avalia Zé Maria.

Questionado se pretende concorrer às eleições presidenciais por seu partido, Zé Maria diz aguardar uma candidatura da frente de esquerda. Para ele, isso significaria uma união com o PSOL, em crescente aproximação com Marina Silva (PV-AC). Contudo, "se PSOL continuar com Marina, a candidatura será só do PSTU, e o candidato serei eu".


Fonte: Terra Magazine

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

GEDDEL TENTA BOTAR AO SEU LADO QUEM NÃO TEM MOTIVOS PARA ESTAR?

O caso da prisão com a boca na butija de figuras do PMDB e empresários, está rendendo e, pelo que parece ainda vai render muito.

Foi plantado um boato, (será por Lucio/Geddel?) de que articulistas políticos estariam sendo escutados através de grampos.

Apenas boato. Tal questão não está em nenhuma das peças do processo, onde uma proprietária de uma das empresas de ônibus confirma a existência da propina de 400 mil reais.

Mas o pior é que Samuel Celestino noticiou o absurdo e Mario Kertész tomou a informação como verdadeira, sem ambos enxergarem que o mais provável é que seja uma tentativa de Geddel/Lucio sair do isolamento da acusação que figuras do seu partido sofre, (inclusive o nome de Lucio é citado) em circulação feita pelo Judiciário e o Ministério publico.

A acusação de perseguição política não resiste ao depoimento de uma das presas confirmando a propina de 400 mil, e o envolvimento de um secretario municipal com a historia.

Por: Antonio do Carmo


Fonte: Política com Dedo na Ferida

A BAHIA DOS NOVOS TEMPOS

Na administração pública, vários são os canais por onde escoam o dinheiro público, impulsionado por mecanismos bem elaborados de corrupção. Os dutos que abastecem as contas bancárias de empresários mal intencionados e das conhecidas “Caixas dois” das campanhas eleitorais, proliferam por toda e qualquer área de atuação em que o Estado se faça presente. Construção de obras, terceirização de mão de obra, concessão de serviços públicos e fornecimento de materiais diversos, talvez sejam as partes mais visíveis, não as únicas, de um esquema que movimenta bilhões de reais anualmente, num País em que a infra-estrutura rodoviária, ferroviária e portuária – para ficar apenas em alguns casos – prima pela precariedade, pela ineficiência e pela incapacidade de atender às demandas, cada vez mais urgentes, de uma economia que cresce em ritmo acelerado. Combater essa prática que transfere ilegalmente recursos que deveriam ser aplicados em ações de interesses coletivos para os cofres de empresários inescrupulosos e agentes públicos desonestos não é uma tarefa fácil.
O lado bom de tudo isso é perceber que, depois de longo tempo de absoluta impunidade, esses empresários e agentes públicos começam a sentir na pele os efeitos de uma mudança radical no enfrentamento desse problema. No âmbito Federal, conta-se em centenas as ações policiais destinadas a desbaratar quadrilhas especializadas no desvio de recursos públicos. Muitos foram presos e respondem, na forma da lei, a processos criminais.
Na Bahia, o Judiciário e os órgãos de segurança publica que durante longos e tenebrosos anos estiveram vergonhosamente a serviço do Capo da famiglia Magalhães, experimentam novos tempos de liberdade e independência nas suas ações, graças à coragem e determinação do Governador Jaques Wagner em promover um processo de desmonte das estruturas criminosas, remanescentes de uma época em que a maior economia do Nordeste – sexta do Pais – andava mergulhada nas trevas da corrupção e do autoritarismo.
Segundo as palavras do Governador Jaques Wagner, “aqueles que tiverem conta a acertar com a justiça, deverão procurar seus advogados, nunca a governadoria”.
Novos tempos, esses.

Por: Washington Pereira

Fonte: Blogão do Pereira

FERNANDO HADDAD: OS OITO AVANÇOS DO GOVERNO LULA NA EDUCAÇÃO O governo Lula aprovou, com o apoio da oposição, duas emendas constitucionais (nº 53 e nº

O governo Lula aprovou, com o apoio da oposição, duas emendas constitucionais (nº 53 e nº 59) que alteraram significativamente oito dispositivos da maior relevância para a educação.
1) Obrigatoriedade do ensino dos quatro aos 17 anos. Nesse particular, nossa Constituição está entre as mais avançadas do mundo. Em editorial, esta Folha defendeu a seguinte tese: "Falta uma medida ousada, como estender a obrigatoriedade para todo o ensino básico, até a terceira série do nível médio". Cinco meses depois, a emenda constitucional promulgada vai além, ao garantir a universalização da pré-escola, sem o que a obrigatoriedade do ensino médio se tornaria pouco factível.
2) Fim da DRU da educação. A Desvinculação de Receitas da União retirava do orçamento do MEC, desde 1995, cerca de R$ 10 bilhões ao ano. Depois da tentativa frustrada de enterrá-la por ocasião da prorrogação da CPMF, em 2007, o Congresso finalmente pôs fim à DRU, valendo-se dos últimos três orçamentos de responsabilidade do governo Lula.
3) Investimento público em educação como proporção do PIB. O atual Plano Nacional de Educação (PNE 2001-2010) previra a "elevação, na década, por meio de esforço conjunto da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, do percentual de gastos públicos em relação ao PIB, aplicados em educação, para atingir o mínimo de 7%".
O dispositivo foi vetado, em 2001, com o seguinte argumento: "Estabelecer, nos termos propostos, uma vinculação entre despesas públicas e PIB, a vigorar durante exercícios subsequentes, contraria o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal".
A saída para o próximo PNE foi aprovar norma de hierarquia superior. Com a emenda constitucional nº 59, torna-se obrigatório o "estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do PIB".
4) Piso salarial nacional do magistério. O Pacto pela Educação, firmado em 1994 no Palácio do Planalto, previa a fixação de um piso salarial para todos os professores do país. Renegado, o compromisso, enfim, tornou-se realidade. Em 1º de janeiro de 2010, o piso deverá ser totalmente integralizado e observado por todos os Estados e municípios.
5) Fundeb. O Fundo da Educação Básica, que substituiu o Fundef, multiplicou por dez a complementação da União que visa equalizar o investimento por aluno no país, além de incluir as matrículas da educação infantil, do ensino médio e da educação de jovens e adultos, desconsideradas pelo fundo anterior, restrito ao ensino fundamental regular.
6) Repartição e abrangência do salário-educação. Os recursos do salário-educação, mais do que duplicados, antes destinados apenas ao ensino fundamental, podem, agora, financiar toda a educação básica, da creche ao ensino médio, e sua repartição passou a ser feita entre Estados e municípios pela matrícula, diretamente aos entes federados.
7) Ensino fundamental de nove anos. As crianças das camadas pobres iniciam agora o ciclo de alfabetização na mesma idade que os filhos da classe média, aos seis anos, garantindo-se o direito de aprender a ler e escrever a todos.
8) Extensão dos programas complementares de livro didático, alimentação, transporte e saúde escolar, antes restritos ao ensino fundamental, para toda a educação básica, da creche ao ensino médio. Pode soar inacreditável, mas, até 2005, os alunos do ensino médio público não faziam jus a nada disso.
Mesmo que fosse possível deixar de lado as reformas infraconstitucionais no nível da educação básica, profissional e superior enfeixadas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), a profundidade dessas mudanças estruturais já justificaria um governo.
No tempo certo, as novas gerações se debruçarão, com o distanciamento devido, sobre um evento tão cheio de significado histórico quanto a presidência de Lula, suas semelhanças e colossais diferenças, e hão de notar o sentido progressista em que foi reescrito o capítulo consagrado à educação na nossa lei maior.

Por Fernando Haddad - Ministro da Educação - Para o Jornal A Folha de São Paulo - 22/11

Fonte: Blogão do Pereira

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

EXORCIZANDO OS DIABINHOS DA BAHIA

As presenças de três figuras ilustres do PT da Bahia (Governador Jaques Wagner, Secretário Nelson Pelegrino e do Deputado Yulo Oiticica) em menos de dez dias no programa Balanço Geral, comandado por Raimundo Varela na TV Itapoan, retransmissora da Rede Record de Edir Macedo, já indicava que algo muito importante estava para acontecer na política da “Boa Terra”.
Não deu em outra... Raimundo Varela não dá ponto sem nó.
Ontem, terça-feira, 24 de novembro, o programa Balanço Geral exibiu, com riqueza de detalhes, a prisão do ex-presidente da AGERBA, Antonio Lomanto Neto e de mais sete acusados de integrarem uma quadrilha que agia nos porões do sistema de transportes, cobrando propinas de empresários que operam irregularmente no setor, cuja agencia reguladora deveria fiscalizar.
Tudo bem.
Aceito sem reclamações que, em nome da moralização política da Bahia, a emissora de Edir Macedo tenha sido escolhida para anunciar à alvissareira noticia da exorcização desses diabinhos. Afinal, “na casa do Senhor não existe satanás”.
Só espero que sessões de descarrego, reforçadas por acordos espúrios, não livrem a cara de um demoniozinho esperto, travestido de repórter, useiro na arte da extorsão. A Bahia de todos nós não mereceria tamanha treva.
Como diz a minha velha e sábia mãe: cada qual em seu cada qual.
O fato é que, seguindo um processo de crescente clamor popular contra a corrupção, a Bahia no Governo Wagner vem dando claros sinais de intolerância com essa prática. Por essas bandas, nunca se viu tanta gente graúda sendo processada ou presa por ilicitudes em tão pouco espaço de tempo.
Não vai muito longe, militares de altas patentes foram presos por fraudarem licitações para compra de fardamentos, viaturas, coletes à prova de balas e outras coisas mais. Juízes e Desembargadores foram afastados das suas funções, respondendo por acusações que vão desde a venda de sentenças à expedição de alvarás de soltura fraudulentos. E agora vem essa turma do PMDB, cujo nome é “trabalho”, dando mais trabalho aos nossos policiais. Nesse caso o “trabalho” tem nome e sobrenome pomposos.
Dizem que ainda vem muito mais chumbo grosso por aí. Fala-se que um caso de doação para campanha eleitoral feita por um fantasma, vai dar muito pano para mangas, isso sem contar com os mistérios que envolvem a eterna e superfaturada obra do nosso enigmático autorama, apelidado ironicamente como metrô. É esperar prá ver.
É uma pena que ao final de tudo, diferentemente do que ocorre nos telões dos cinemas, os bandidos sempre vençam. Nenhum deles fica preso, beneficiados que são pelas intricadas Leis que só favorecem àqueles que dispõem de dinheiro suficiente para pagar por caríssimos advogados, preferencialmente com algum grau de parentesco, amizade ou sociedade secreta com Juízes, Desembargadores e Ministros do Supremo. Pagam fortunas a esses “defensores”, utilizando-se de parte dos recursos provenientes das ações fraudulentas. Ganham quase todos os envolvidos. Os advogados que defendem; os Juízes, Desembargadores ou Ministros do Judiciário que se vendem. Apenas o povo perde.
A policia, por sua vez, investe tempo, recursos materiais e humanos. Investiga, prende e a justiça, com seus critérios nem tão incompreensíveis assim, solta.
A esperança fica resumida à possibilidade de que todos esses processos e prisões tenham ao menos um efeito pedagógico. Para aqueles diabinhos que ainda pululam nos inferninhos da picaretagem, fica o recado de que as coisas mudaram e, para os diabinhos novatos que já se articulavam para ingressar no esquema, de que vale a pena uma reflexão mais profunda antes de se aventurar em terrenos tão movediços.
Como efeito prático e imediato da prisão de Lomanto e dos seus comparsas, noticias dão conta do sumiço, quase que por encanto, de muitos aprendizes de diabos na região do São Francisco, especialmente em Juazeiro. Nos pontos de embarques das vans e microônibus que fazem o transporte com destino às cidades de Sobradinho, Sento-Sé, Curaçá, Casa Nova, Remanso e Pilão Arcado, assim como no posto da rodoviária local, o cheiro de enxofre já não é tão sufocante. Tomara que não seja apenas uma estratégia para esperar a poeira baixar.
O povo aplaude e os permissionários agradecem.

Fonte: Blogão do Pereira

terça-feira, 24 de novembro de 2009

LOMANTO NETO, CARLETO, BARRAL, PRESOS. NINGUÉM É MALUCO DE PRENDER A TOA. É OBVIO QUE DEVE TER ALGUMA PROVA ROBUSTA.

139704A Bahia política e a Bahia simples mortal, acordou com a noticia da operação desenvolvida elo Ministério publico, policia Civil e Justiça, que culminaram com varias prisões, mandatos de busca e apreensão, de pessoas de importância na vida política e empresarial do estado.

O nome mais proeminente que está causando o maior frisson é o de Lomanto Neto, que foi diretor da Agerba, correligionário do ministro Geddel, figura de destaque do PMDB baiano.

As acusações são de que haveria um esquema de corrupção na Agerba à época em que Lomanto era diretor, com a concessão de propinas para evitar fiscalização de empresas de ônibus e para a concessão de linhas, já que o órgão estadual é responsável pela regulamentação do setor.

Apareceram logo uns apressadinhos para tentar descaracterizar a bomba atômica atribuindo as prisões à ação política, já que Lomanto é da cozinha de decisão do PMDB junto com Geddel.

Estes correm o risco de quebrarem a cara feio, já que é impossível alguém decidir tantas prisões sem provas robustas adquiridas através de autorizações judiciais.

E veja que nenhum Juiz dá autorização de escuta sem indícios concretos que fundamentem a operação.

Em um Blog local saiu uma noticia nesta linha, prontamente desmentida, de que o órgão da Policia Civil responsável pela operação seria ligado diretamente ao governador.

A essência da historia é lamentar que uma figura tão importante, da cúpula do PMDB baiano tenha sido flagrada em uma situação destas.

Talvez isto explique os ataques despropositados que o ministro Geddel está fazendo ao governador Wagner sobre o antigo e ultrapassado desastre da Fonte Nova.

Bem, só resta esperar o que vai ser dito na coletiva de imprensa e o que vai ser dito por Lucio e Geddel, tão diligentes em falas e respostas em momentos como este.

Antonio do Carmo

Fonte: Política com Dedo na Ferida

POLITICA, POLITICA...NEGOCIOS À PARTE

Durante décadas, a baixo-estima do povo brasileiro fez prevalecer a máxima de que “tudo que fosse bom para os Estados Unidos, seria bom para o Brasil”. Calcado nessa premissa equivocada, a Diplomacia brasileira balizava a sua política externa tendo como bússola os interesses, nem sempre legítimos, da Casa Branca.
O servilismo ao governo do norte era tanto, que se permitiam ingerências na política interna nacional, num claro desrespeito consentido à nossa soberania enquanto Estado independente.

Não surpreende, portanto, que setores da imprensa tupiniquim – talvez ainda presos ao complexo de cachorro magro – gastem tanta tinta e papel para atacar a política externa do governo Lula, conduzida num claro propósito de ampliar o dialogo comercial e político com o resto do mundo, sem se deixar contaminar por eventuais contenciosos que alguns Países possam manter com os Estados Unidos.

O Itamaraty deixou de ser um apêndice da política externa americana para assumir o papel de relevância que dele se espera o povo brasileiro.

Três episódios recentes marcam a nossa postura independente no cenário mundial. O primeiro, de cunho essencialmente político, diz respeito à posição do governo brasileiro diante da crise de Honduras. Enquanto os Estados Unidos apóiam as eleições gerais marcadas para o próximo domingo pelo governo golpista de Roberto Micheletti, o Brasil se posiciona de forma contrária, desconhecendo o resultado das eleições hondurenhas, já que o Presidente Zelaya, vitima do golpe, não fora reconduzido ao cargo.


O segundo, aí de natureza mais econômica que política, se refere à proposta de adesão da Venezuela ao MERCOSUL, defendida pelo governo brasileiro, mas atacada por setores retrógados ou mal intencionados da sociedade. Conhecido por sua posição antiamericana, o Presidente venezuelano, Hugo Chaves, tem sido importante parceiro do Brasil no comercio bi-lateral Brasil/Venezuela, amplamente favorável à nossa balança comercial.

Ignorando as relações, pouco ou nada amistosas, entre a Venezuela e os Estados Unidos, o governo brasileiro avança sobre um mercado que só no ano passado, em plena crise, respondeu por significativos 29% de todo o saldo do nosso comercio exterior.

O terceiro e mais emblemático episódio, gira em torno da controversa visita do Presidente do Irã, Mohmoud Ahmadinejad ao Brasil. Enquanto a Casa Branca se avermelha de raiva ante a presença de um dos seus mais ferrenhos adversários em território brasileiro, o Palácio do Planalto prefere lançar seu olhar para um mercado de mais de 80 milhões de consumidores iranianos, não permitindo que contenciosos que não são nossos, interfiram em nossas relações comerciais e políticas. POLITICA, POLITICA... NEGÓCIOS À PARTE

Fonte: Blogão do Pereira

Polícia prende diretor do Agerba, do PMDB, por cobrar propina de empresários

A notícia da prisão, hoje pela manhã (24.11), pela Polícia Civil, do ex-diretor da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia - Agerba, Antônio Lomanto Neto (PMDB) caiu como uma verdadeira bomba em Brasília e na Bahia.

Não há motivação política, evidentemente. Mas há conseqüências políticas. Afinal, Antônio Lomento Neto é uma indicação do PMDB de Geddel Vieira Lima. A prisão foi executada por ordem judicial por efeito de uma investigação que começou há pelo menos sete meses. Há provas contra o acusado.

Todo mundo está surpreso na Assembléia Legislativa. Oh!!!

Logo, logo os formadores de opinião começaram a onda de boatos. É o jornalismo de Ali Kamel. Testando hipóteses. Então, teste-se a hipótese do comando da Polícia Civil estar na governadoria. Aí envolve-se o nome de Wagner.

Mas a hipótese falhou. Então esclarece-se que Wagner não tem nada com isso. Trata-se realmente de uma investigação policial em busca de crimes de colarinhos brancos. O PMDB está cheio.

Não só o ex-diretor da Agerba foi preso. Vários advogados da Agência e empresários de transporte coletivo foram presos na Operação Themis. Há provas de extorsão e propinas.

A bem da verdade, o governador Wagner não sabia de nada. Ele apenas se limitou conforme a lei a enviar o material com as informações para o Ministério Público Estadual.

Por Oldack Miranda

Fonte: Bahia de Fato

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Enquanto Lula levanta candidatura de Dilma, FHC derruba Serra,...

Do Valor OnLine
BRASÍLIA - Ascensão da provável candidata governista Dilma Rousseff e de Aécio Neves(boxeador de mulheres), do PSDB, e clara queda na preferência do eleitorado pelo também eventual candidato do PSDB José Serra ao Palácio do Planalto em 2010 - esse é o cenário eleitoral trazido hoje pela pesquisa CNT/Sensus deste mês, que mostrou que Serra teria recuado cerca de 15 pontos percentuais em um ano. O presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio Andrade, tem a seguinte teoria: a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, aumenta nas intenções eleitorais toda vez que é exposta na mídia ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem largo poder de transferência de votos. Cerca de 31,6% dos entrevistados votariam no candidato de Lula.
Já a virtual disputa de Serra pelo Planalto, conforme Andrade, está sendo atrapalhada pelo elevado índice de rejeição ao ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, também do PSDB. "O apoio ostensivo de Fernando Henrique está puxando Serra para baixo " , observou o presidente da CNT. Na pesquisa realizada entre os dias 16 e 20 de novembro, a rejeição ao ex-presidente FHC ficou clara: 49,3% disseram que não votariam no candidato dele.
"Agora, se FHC atrapalha ou ajuda o Aécio, é difícil dizer " , continua Andrade. O governador de Minas Gerais cresce como alternativa a Serra. Numa lista com Dilma, Ciro Gomes e Marina Silva, Aécio tem 14,7% das intenções de voto e é o terceiro, ante 25% de Ciro, 21,3% de Dilma e 7,3% de Marina. No cenário só com Dilma e Marina, Aécio subiu de 19,5% em setembro para 20,7%.
Pioraram os números para o governador de São Paulo.
A pesquisa CNT/Sensus apontou que Serra sai de 46,5% em dezembro de 2008 para 31,8% agora. Já Dilma tem 21,7% das intenções de voto, numa lista com Serra, que cresceu perante os 10,4% que tinha em dezembro do ano passado. A ministra suplanta Aécio com 36,6%, enquanto o governador mineiro teria 27,9% concorrendo diretamente com ela.
A pesquisa mostra ainda que Ciro Gomes avança na disputa com Serra, indo de 16,7% na pesquisa de setembro para 27,2% no levantamento atual. Em igual período, Serra caiu de 51,5% para 44,1%.
O levantamento sugeriu ainda algumas chapas. A mais aprovada foi a que une os dois pessedebistas Serra e Aécio como vice, com 35,8%. Dilma e o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, do PMDB, ficaria em segundo lugar com 23,9%; Ciro e o ministro do Trabalho Carlos Lupi (PDT) em terceiro, com 16,1% e Marina Silva com Guilherme Leal (presidente da empresa de cosméticos Natura), com 5,2%. (Azelma Rodrigues | Valor)

Pescado do Desabafo Brasil

Adeus, FHC

Por Leandro Fortes

Adeus também foi feito pra se dizer
Fernando Henrique Cardoso foi um presidente da República limítrofe, transformado, quase sem luta, em uma marionete das elites mais violentas e atrasadas do país. Era uma vistosa autoridade entronizada no Palácio do Planalto, cheia de diplomas e títulos honoris causa, mas condenada a ser puxada nos arreios por Antonio Carlos Magalhães e aquela sua entourage sinistra, cruel e sorridente, colocada, bem colocada, nas engrenagens do Estado. Eleito nas asas do Plano Real – idealizado, elaborado e colocado em prática pelo presidente Itamar Franco –, FHC notabilizou-se, no fim das contas, por ter sido co-partícipe do desmonte aleatório e irrecuperável desse mesmo Estado brasileiro, ao qual tratou com desprezo intelectual, para não dizer vilania, a julgá-lo um empecilho aos planos da Nova Ordem, expedida pelos americanos, os patrões de sempre.
Em nome de uma política nebulosa emanada do chamado Consenso de Washington, mas genericamente classificada, simplesmente, de “privatização”, Fernando Henrique promoveu uma ocupação privada no Estado, a tirar do estômago do doente o alimento que ainda lhe restava, em nome de uma eficiência a ser distribuída em enormes lucros, aos quais, por motivos óbvios, o eleitor nunca tem acesso.

Das eleições de 1994 surgiu esse esboço de FHC que ainda vemos no noticiário, um antípoda do mítico “príncipe dos sociólogos” brotado de um ninho de oposição que prometia, para o futuro do Brasil, a voz de um homem formado na adversidade do AI-5 e de outras coturnadas de então. Sobrou-nos, porém, o homem que escolheu o PFL na hora de governar, sigla a quem recorreu, no velho estilo de república de bananas, para controlar a agenda do Congresso Nacional, ora com ACM, no Senado, ora com Luís Eduardo Magalhães, o filho do coronel, na Câmara dos Deputados. Dessa tristeza política resultou um processo de reeleição açodado e oportunista, gerido na bacia das almas dos votos comprados e sustentado numa fraude cambial que resultou na falência do País e no retorno humilhante ao patíbulo do FMI.

Isso tudo já seria um legado e tanto, mas FHC ainda nos fez o favor de, antes de ir embora, designar Gilmar Mendes para o Supremo Tribunal Federal, o que, nas atuais circunstâncias, dispensa qualquer comentário.

Em 1994, rodei uns bons rincões do Brasil atrás do candidato Fernando Henrique, como repórter do Jornal do Brasil. Lembro de ver FHC inaugurando uma bica (isso mesmo, uma bica!) de água em Canudos, na Bahia, ao lado de ACM, por quem tinha os braços levantados para o alto, a saudar a miséria, literalmente, pelas mãos daquele que se sagrou como mestre em perpetuá-la. Numa tarde sufocante, durante uma visita ao sertão pernambucano, ouvi FHC contar a uma platéia de camponeses, que, por causa da ditadura militar, havia sido expulso da USP e, assim, perdido a cátedra. Falou isso para um grupo de agricultores pobres, ignorantes e estupefatos, empurrados pelas lideranças pefelistas locais a um galpão a servir de tribuna ao grande sociólogo do Plano Real. Uns riram, outros se entreolharam, eu gargalhei: “perder a cátedra”, naquele momento, diante daquela gente simples, soou como uma espécie de abuso sexual recorrente nas cadeias brasileiras. Mas FHC não falava para aquela gente, mas para quem se supunha dono dela.

Hoje, FHC virou uma espécie de ressentido profissional, a destilar o fel da inveja que tem do presidente Lula, já sem nenhum pudor, em entrevistas e artigos de jornal, justamente onde ainda encontra gente disposta a lhe dar espaço e ouvidos. Como em 1998, às vésperas da reeleição, quando foi flagrado em um grampo ilegal feito nos telefones do BNDES. Empavonado, comentava, em tom de galhofa, com o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, das Comunicações, da subserviência da mídia que o apoiava acriticamente, em meio a turbilhão de escândalos que se ensaiava durante as privatizações de então:

Mendonça de Barros – A imprensa está muito favorável com editoriais.

FHC – Está demais, né? Estão exagerando, até!

A mesma mídia, capitaneada por um colunismo de viúvas, continua favorável a FHC. Exagerando, até. A diferença é que essa mesma mídia – e, em certos casos, os mesmos colunistas – não tem mais relevância alguma.

Resta-nos este enredo de ópera-bufa no qual, no fim do último ato, o príncipe caído reconhece a existência do filho bastardo, 18 anos depois de tê-lo mandado ao desterro, no bucho da mãe, com a ajuda e a cumplicidade de uma emissora de tevê concessionária do Estado – de quem, portanto, passou dois mandatos presidenciais como refém e serviçal.

Agora, às portas do esquecimento, escondido no quarto dos fundos pelos tucanos, como um parente esclerosado de quem a família passou do orgulho à vergonha, FHC decidiu recorrer à maconha.

A meu ver, um pouco tarde demais.

domingo, 22 de novembro de 2009

Obras para a população de Riachão do Jacuípe


Uma estrada de terra com desníveis, pedras, sem acostamento e placas de sinalização. Assim é a BA 120, rodovia que liga o município de Riachão do Jacuípe a cidade de Serra Preta, há cerca de 180 quilômetros de Salvador. Diante do atual estado do trecho, o governador Jaques Wagner assinou, neste sábado (21), em Riachão, a autorização para a recuperação da estrada.


Com recursos da ordem da R$ 5,8 milhões, a obra vai restaurar 42,2 quilômetros da estrada, por meio de serviços de pavimentação. Uma vez recuperada, a rodovia irá melhorar o tráfego diário de aproximadamente mil veículos que lá circulam diariamente, otimizando, sobretudo, o escoamento da agropecuária regional.

“Esta obra sempre foi muito esperada por todos os habitantes da região, pois além de encurtar o percurso que hoje fazemos em uma hora, vai garantir a segurança dos motoristas e do próprio veículo. Não vamos mais comer poeira”, comentou o motorista Ricardo Santos.

As máquinas já começaram os serviços de terraplanagem e limpeza lateral da estrada. Segundo o secretário de Infraestrutura, João Leão, a rodovia estará pronta “daqui a 120 dias”.

Água Para Todos

Além da autorização para a recuperação da BA 120, Wagner assinou, também, a ordem de serviço para a ampliação do sistema de abastecimento de água, proveniente da Barragem de Pedras Altas. A ampliação, orçada em R$ 36,3 milhões, vai atingir mais de 170 mil moradores de 20 municípios vizinhos, além de localidades das redondezas, no território de identidade da Bacia do Jacuípe.

Esta obra integra o Programa Água Para Todos, que vai permitir, ainda, a implantação de um sistema simplificado de abastecimento de água, no povoado de Onça, também em Riachão do Jacuípe, melhorando a qualidade de vida de 150 pessoas, por meio de um investimento de R$ 80 mil.

“Água é vida. Por isso, sempre faço questão de reforçar meu orgulho com obras deste tipo, que fazem com que a população nunca mais precise beber água salobra”, comentou Wagner, informando que até o momento cerca de 2 milhões de pessoas já foram beneficiadas com o Programa, que já perfurou 1,6 milhão de poços artesianos e construiu 35 mil cisternas.


Programa restaura 1.200 quilômetros de estradas

Assim como a BA 120, outros 1.200 quilômetros de estradas estaduais, que não recebiam manutenção há 36 anos, estão passando por reformas dentro do Programa de Restauração de Rodovias da Bahia (Premar).

O investimento na iniciativa totaliza US$ 186 milhões, sendo US$ 100 milhões provenientes do Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) e o restante, US$ 86 milhões, financiados pelo Governo do Estado. “Nunca houve um programa rodoviário na Bahia como esse”, garantiu Leão.

As rodovias contempladas são: BA 052 (Xique-Xique/ Porto Feliz); BA 148 (Irecê/ Lapão); BA 432 (Irecê/ Carne Assada); BA 172 (Javi/Santa Maria da Vitória); BA 160 (Xique-Xique/ Barra); BA 263 (Vitória da Conquista/ Itambé); BA 156 (Livramento/ BA 152 e BA 152/BR 242 Bom Sucesso); BA 148 (Brumado/ Livramento); BA 262 (Brumado/ Vitória da Conquista) e BA 001/046 (Bom Despacho, Nazaré e Santo Antõnio de Lesus).

Fonte: AGECOM

ENTRE A SALAS DO CINEMA E O DIVÃ DO PSICANALISTA

Ainda não vi o filme “Lula, o filho do Brasil”, já que a obra cinematográfica só entrará no circuito comercial em janeiro do próximo ano. A considerar a magnitude do seu custo de produção - R$ 12 milhões – o nível do elenco e a espetacular história de um ex-retirante do Nordeste brasileiro e ex-torneiro mecânico que chega à Presidência da Republica, o sucesso de publico já está garantido.
Tenho acompanhado através da grande imprensa nacional as reações histéricas das oposições contra a exibição do filme em um ano eleitoral. Confesso que fico sem entender o que se passa na cabeça desses indivíduos.

- O que tem a ver a exibição do filme com as eleições presidenciais de 2010?

Ao que consta, o Presidente Lula está legalmente impedido – uma pena que seja assim – de concorrer a um terceiro mandato. Portanto, não será candidato, sendo nula a possibilidade de vir a ser beneficiado eleitoralmente.

Se o temor das oposições reside na possibilidade de que o filme venha a ampliar a avaliação pessoal de Lula para acima dos atuais 80%, o que corresponderia ao ineditismo da unanimidade, sugiro que se calem e evitem comparecer às salas de projeção. Proíbam aos seus filhos, netos, esposas, sobrinhos, primos, namorados, pais, sogras e amigos de cederem à tentação de conhecer uma das mais belas histórias política do mundo contemporâneo. Assim, quem sabe, a temível unanimidade poderá ser evitada. Na dúvida, o melhor seria reservar horário com seus psicanalistas e, uma vez instalado em seus confortáveis divãs, tentar encontrar meios capazes de controlar um sentimento típico da natureza humana. A INVEJA. Washington Pereira - www.blogaodopereira.blogspot.com


Pescado do blog Desabafo Barasil

Um milhão e 300 mil petistas estarão votando neste domingo

O PT é o maior partido democrático do mundo. Um milhão e 300 mil petistas votam hoje nas eleições diretas internas para eleição de seus dirigentes em todos os níveis, para o período 2010-2012. Eleições direitas deveriam ser obrigatórias para todos os partidos. Evitaria que apenas UM político controlasse a instituição como, por exemplo, Geddel Vieira Lima faz com o PMDB da Bahia. Ou como apenas TRÊS pessoas possam decidir as coisas, como, por exemplo, Serra, FHC e Aécio Neves fazem com o PSDB.Nem cito o DEM, porque este tem dono.

O pleito interno do PT, chamado Processo de Eleições Diretas (PED) está ocorrendo neste domingo (22) em todo o país, das 9h às 17h. O cargo de presidente nacional tem uma importância extra, já que vai comandar o PT durante as eleições presidenciais. Não há urnas eletrônicas, a apuração será demorada, até meados da semana que entra, mas a fiscalização por parte das correntes em disputa é ferrenha.

Os candidatos à sucessão do presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), são José Eduardo Dutra, de Sergipe, José Eduardo Cardozo (SP), Geraldo Magela (DF), Markus Sokol (SP), Iriny Lopes (ES) e Serge Goulart (SC).
Ricardo Berzoini não disputa a eleição deste domingo porque o regimento do PT impede que os filiados exerçam cargos na Executiva Nacional do partido por mais de três mandatos consecutivos. Em 2005, ele foi secretário-geral da legenda. No mesmo ano, foi eleito presidente nacional do PT, sendo reeleito em 2007. Esta é outra característica do Partido dos Trabalhadores. O PT não tem dono.

Por Oldack Miranda

Fonte: Bahia de Fato

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mauricinho da Folha afirma que Lula venceu por ‘sorte’

Análise política

Por Eduardo Guimarães


Já li, escutei e vi toda sorte de manifestações de preconceito contra Lula, mas um texto que li hoje supera tudo que já foi dito contra o presidente. É de Fernando de Barros e Silva, um mauricinho engomadinho da Folha de São Paulo, um moleque que se acha a quinta-essência da intelectualidade.

O meninão da Folha escreveu seu milésimo texto contra o filme sobre a vida de Lula que estréia em 1º de janeiro nos cinemas. Com esse sujeitinho, todos os outros grandes jornais e revistas – Globo, Estadão, Veja etc.

O filme seria “horroroso”, na opinião do editor de “Brasil” da Folha. Para variar, toda a grande imprensa faz coro com uma oposição desesperada com um filme que revela por que Lula chegou aonde chegou – por sua sinceridade, por sua tenacidade, por sua capacidade de superação e pela serenidade com que conduziu sua carreira política.

Mas o diferencial do anátema anti-Lula escrito pelo mauricinho é que contém a teoria de que o presidente da República teria chegado à Presidência da República apenas por ter sido favorecido pela “sorte”.

Será que Barros e Silva se refere à sorte de Lula de ter nascido de uma família paupérrima numa região miserável do então (1945) miserável Nordeste brasileiro? Ou será que o bonecão da Folha se refere à sorte de Lula ter tido um pai alcoólotra e violento? Talvez por ter começado engraxando sapatos pelas ruas de Santos numa idade em que o playboyzinho brincava com seu Atari.

Barros e Silva também costumava dizer que Lula tinha sorte em sua administração por não ter enfrentado, até então, nenhuma das “terríveis” crises que FHC enfrentou, e que, se uma crise viesse, aí, sim, seria revelada a incompetência do presidente. Depois que o Brasil enfrentou a pior de todas as crises e a superou com louvor, a explicação do colunista foi a de que o mérito era de FHC.

Não tem jeito, trata-se do trabalho de um exemplar de uma juventude de classe média alta favorecida, agora sim, pela sorte, pela cor da pele, pelo sobrenome, pela classe social, e que, por tudo isso, conseguiu cargos em órgãos de imprensa sob a condição de se dispor a tentar assassinar biografias.

O “filmografia” de Lula enlouqueceu a oposição e, claro, a Folha, o Estadão, o Globo, a Veja e todo o resto. Tentam fazer crer que há alguma ilegalidade no filme, apesar de ter sido feito inteiramente com recursos da iniciativa privada. No entanto, não conseguem apontar um só favorecimento ilícito do governo Lula para as empresas que financiaram o filme. Por isso ficam nas insinuações, na tentativa de fazer colar a tese no imaginário popular.

Esses pistoleiros da honra alheia dizem que Lula não transferirá votos a Dilma Rousseff no ano que vem, mas, por via das dúvidas, não param de tentar desmoralizá-lo. Mas qual é a novidade? Tentam desde 1989. Até conseguiram, por um tempo, mas, nos últimos sete anos, vêm colhendo um fracasso depois do outro.

Leiam o textinho teleguiado do robozinho da Folha.

FERNANDO DE BARROS E SILVA


Filme C

SÃO PAULO - Como "2 Filhos de Francisco", "Lula, o Filho do Brasil" é um filme sobre a superação. Ambos os enredos têm origem em histórias verídicas de brasileiros que, nascidos na miséria e sem perspectivas pela frente, conseguem contornar as adversidades para ascender socialmente, até atingir os píncaros da glória individual e o ápice do reconhecimento público.

A trajetória que vai da miséria ao estrelato é parecida, mas, no primeiro caso, os personagens são uma dupla sertaneja e, no segundo, o presidente da República, o que muda as coisas de figura. O pai deste Lula da Silva não é "Francisco", mas "o Brasil".

Se a expressão "filme B" designa as produções rudimentares, o cinema menor destinado ao consumo ligeiro, parece que agora estamos diante de um novo fenômeno: o "filme C". Com "Lula, o Filho do Brasil", o melodrama épico da vitória pessoal sobre a pobreza se converte em ideologia de uma época.

Esse gênero de entretenimento com mensagem social e intenção edificante já está presente em "2 Filhos de Francisco", mas ganhou agora sua versão oficial com o carimbo do Planalto. A oportunidade vislumbrada pelo clã Barreto para lavar a égua e o estímulo de Lula a tudo o que possa resultar no culto à sua personalidade estão associados numa obra que vai alimentar a confusão entre a sorte de um indivíduo e o destino de um povo.

Em 1982, em sua primeira campanha eleitoral, quando disputou o governo de São Paulo, Lula dizia ser "um brasileiro igualzinho a você". Anos depois, diria, em tom de ironia: "Ninguém queria ser um brasileiro igual a mim".

Hoje as coisas mudaram. É provável que a classe C emergente, a quem o filme parece ser didaticamente dirigido, se reconheça e se emocione diante da tela.

O Brasil continua a ser o país em que a desigualdade ainda imensa convive com infinitas formas de mobilidade social. Mas estamos avançando. Quem nos diz é esse filme simplesmente horroroso.

Que tal, leitor, você enviar sua mensagem ao “golden boy” da Folha? Escreva para leitor@grupofolha.com.br

Consciência Negra

Só quero dizer uma coisa, no Dia da Consciência Negra:

O que os negros – e os descendentes de negro com traços exteriores de negritude - têm que entender, para desenvolverem a “consciência negra”, é que a discriminação tem que ser denunciada.

E não é preciso muito para provar como há discriminação racial no Brasil. Basta assistir televisão. Os negros e descendentes de negros não aparecem na propaganda ou na teledramaturgia em proporção minimamente coerente com o perfil étnico da sociedade brasileira.

Os negros estão nos programas de auditório etc., onde julgam que é o lugar deles. Mas as empresas anunciantes e as emissoras de televisão tentam construir um povo brasileiro no qual os negros e mestiços são minoria da minoria, quando basta sair à rua para ver que são maioria.

É como se na tevê sueca aparecesse um branco para cada nove negros. O povo que aparece nas novelas e na propaganda brasileiras não é o nosso povo. Essa é a maior afronta à consciência negra.

Fonte: Cidadania.com

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

APAGÃO NA GLOBO

Recife (PE)
Mal recuperados da macabra cobertura do acidente do avião da TAM – cobertura no sentido de que cadáveres se cobrem - , as notícias da Globo apostam agora suas fichas no esclarecimento que só tem um fim, de finalidade e the end: este governo é o culpado. E se atiram à versão, às versões, com uma aversão assustadora. Numa rápida olhada e recuperação dos seus noticiários nas últimas 24 horas anotamos.
O Jornal da Globo da terça-feira esticou, no bom sentido de esticar a vítima, a notícia, sua jornada até depois de uma da manhã desta quarta-feira. Em lugar de luz, que luz, afinal estávamos no maior apagão da história, houve imagens escuras de São Paulo e do Rio, com tenebrosas entrevistas para melhor mergulho nas trevas. Os apresentadores faziam perguntas para induzir o entrevistado a admitir algum tipo de erro na administração do sistema elétrico, por vulnerabilidade, por natureza cruel ou qualquer outro motivo. Mas, diabo, entrevistados escolhidos ainda assim não dizem tudo o que os apresentadores desejam.“Mas o senhor não acha... Veja bem, então, pode-se dizer... Por suas palavras podemos concluir...”. Até o fim do jornal, quando William Waack, o especialista em guerra fria desde o muro de Berlim, disse o que mais desejava. De olhos grandes e frios à trevas: “Haverá consequências políticas”. Salve, simpatia. No rádio, enquanto o bicho papão ou papagão continuava, a jornalista, cientista política, economista, socióloga, filósofa e catastrófrica Lúcia Hippolito entrou ao vivo pela CBN/Globo. Direto da sua residência – da qual nos deu velas, velhas e belas indicações do quanto mora bem -, informou ao distinto público ouvinte que o problema do blackout ocorrera porque... tantantamtam: o presidente Lula autorizara a isenção de impostos da linha branca fazendo com que muitos aparelhos, geladeiras, máquinas de lavar, tudo quanto é branco em mãos erradas, sobrecarregassem o sistema! Salve, século dezenove. Os pobres, sempre os pobres, esses malditos em consumo desenfreado só podem desembocar em noites negras. Ô raça.No Bom dia (?) Brasil desta quarta-feira, o porta-voz do general Figueiredo (lembram?), hoje porta solene da democracia mais radical, mais conhecido pelo nome de Alexandre Garcia, arrumou cúmplices para a culpa do governo: os índios e o MST teriam causado o apagão. Mais precisamente, no seu estilo de perguntar afirmando: “Vemos ameaças de índios e de MST a hidrelétricas e torres de transmissão. O que é preciso fazer para que se tenha segurança absoluta na energia elétrica?”. Notem que ele não pergunta se índios e MST foram culpados, a pergunta é outra: como ter segurança absoluta? Seria uma comédia, se não fosse trágico. Chegou a ser impressionante o tom geral de Miriam Leitão, Renato Machado (sim, ele, o mais culto e fino conhecedor de vinhos do Brasil), as suas caras, as caras-uniformes dos apresentadores do Bom dia. Bom dia, mesmo? Salve, Omar Cardoso.Como nos tempo da ditadura militar, a imprensa do exterior teve melhor informação sobre o Brasil. Na BBC Brasil lemos:“O chefe da divisão de operações do sistema elétrico do Paraguai, na Administradora Nacional de Eletricidade (Ande, equivalente à Eletrobrás), engenheiro Luis Alberto Villordo, disse à BBC Brasil que um ‘curto circuito’ no estado de São Paulo teria desencadeado a falta de energia no Brasil e no país vizinho....Para Patterson, autor do livro Keeping the Lights On – Towards Sustainable Energy (‘Mantendo as Luzes Acesas – Em Direção à Energia Sustentável’, em tradução livre), mesmo países ricos sofrem com a mesma vulnerabilidade. Ele cita grandes blecautes ocorridos em 2003 – nos Estados Unidos e no Canadá, em agosto, quando 55 milhões de pessoas foram afetadas, na Dinamarca e na Suécia, em setembro, com 5 milhões afetados, e na Itália, no fim de setembro, com 55 milhões afetados – como exemplo do problema.” Ainda não vimos O Jornal Nacional, que é a melhor versão eletrônica da propaganda eleitoral do PSDB (em dúvida, comparem os programas do partido e as edições do JN sobre o MST). Mas boa coisa não vem. Já sabemos, pela experiência passada, o que virá. William, e como gostam de um Wiliam na apresentação, não repetirá que a culpa é dos pobres, índios e MST, porque isso é passado. Irá direito na fonte, sem intermediários. O culpado é Lula. Salve, garoto William Bonney. Urariano Mota, Direto da Redação.
"Pescado" do Blog Deabafo Brasil

Lula responde bobagens de Caetano e falsidades de FHC

Aclamado de pé pelos participantes do12º Congresso do PCdoB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu pelo apoio e lealdade e destacou a contribuição dos comunistas para o seu governo e o país. Ele aproveitou para responder às recentes críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à sua gestão e às despropositadas declarações do cantor Caetano Veloso, que o chamou de analfabeto. “Na mesma semana em que fui tachado de analfabeto, ganhei o título de estadista do ano”, disse.Com ironia e sem citar nomes, o petista respondeu críticas sobre a sua falta de formação universitária e mandou recados ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Se tem uma coisa inteligente é a classe operária. Tem muito intelectual no Brasil que pensa que não. (...) Essa semana eu fui chamado de analfabeto (...) e nessa mesma semana eu ganhei o título de estadista do ano”.A declaração foi uma referência ao fato de que, no último dia 5, em uma entrevista, o cantor Caetano Veloso chamou o presidente de analfabeto e disse que, ao contrário da Marina Silva e do Barack Obama, Lula não saberia falar e seria cafona e grosseiro.“Tem gente que acha que a inteligência está ligada à quantidade de anos no colégio. Não tem nada mais burro que isso. A universidade dá conhecimento. Inteligência é outra coisa. E a política é uma das ciências que exigem mais inteligência do que conhecimento. Inteligência para saber montar equipe, tomar decisões, não está nos livros, mas no caráter e na sensibilidade”, completou. Com ironia, ele conclui: “mas não importa. As pessoas falam o que querem e ouvem o que não querem. A vida é dura”.Soltando indiretas para Fernando Henrique Cardoso, que divulgou artigo falando de um “subperonismo” no governo petista, Lula alfinetou: “Compreendo o ódio, porque um intelectual ficar assistindo um operário que só tem o quarto ano primário ganhar tudo que ele imaginava que ele pudesse ganhar e não ganhou...”, disse Lula.“Tem presidente que foi estudar dois, três anos lá fora. Eu não”, disse o presidente, afirmando que, diferente de outros presidentes, ele precisou provar desde o dia que nasceu que tem competência. “Tinha clareza, e o PCdoB sabe disso, de que se fracassássemos, levaria mais 150 anos para outro operário ser presidente”, colocou. Ainda fazendo referência a Caetano, Lula declarou, com graça, que “um país governado por um analfabeto vai terminar realizando um governo que mais investiu em educação”. E reposicionou o alvo no ex-presidente tucano: “Estamos fazendo uma vez e meia o que eles não fizeram em um século. (...) O Fernando Henrique Cardoso achava que nós seríamos um fracasso e que ele poderia voltar”.
Fonte: Portal Vermelho
"Pescado" do Blog Bahia de Fato

O mundo se rende ao Brasil e à Petrobras, mas a rede Globo...

O Brasil é capa da edição desta semana da revista inglesa The Economist. Sob o título “ Brazil takes off ” (“Brasil decola”), a matéria diz que o país, na próxima década, poderá vir a ser a 5° economia do mundo, superando França e Inglaterra.A Petrobras é citada como uma das multinacionais brasileiras que estão florescendo. The Economist também lembra que o Brasil já é autossuficiente em petróleo e que as novas descobertas provavelmente farão com que o país seja um grande exportador no final da próxima década.Em entrevista à Revista Brasil Energia, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, fala sobre os resultados alcançados em 2009 e os planos da empresa para a área de refino e comercialização. Selecionamos alguns trechos:- Estamos reestruturando a área de comercialização e aumentando a força do trading complementar, mas esse processo também envolve a logística. É uma mudança de conceito. .. Estamos saindo do grupo de compradores para o grupo de vendedores. … a Petrobras exportou em julho cerca de 600 mil b/d, um recorde…… Vamos ter refinaria com 60% de diesel S10, com condições de colocar no mercado interno, atendendo a legislação, e em qualquer mercado do mundo. …A entrada das unidades de conversão (coque) no parque de refino vai aumentar a capacidade de processar somente petróleo pesado brasileiro, transformando-o em derivados de maior valor agregado, como nafta, diesel e QAV .E com o que a Rede Globo está preocupada?Está preocupada em saber sobre a chama que era vista durante a escuridão do apagão. Não, não, a chama piloto (flare) da Refinaria Capuava não aumentou. As chamas vistas com mais intensidade na escuridão são de empresas do Pólo Petroquímico de Capuava.Também não houve qualquer impacto no abastecimento nem qualquer alteração na operação da unidade de Capuava. Quando faltou energia a refinaria usou, obviamente, seu sistema emergencial.E a Folha de S. Paulo o que informa? Na matéria em que informa que a oposição abandona o factóide da CPI da Petrobras, a Folha mais uma vez inventa que houve superfaturamento de até US$ 2 bilhões na construção da Refinaria de Pernambuco.Não houve não. A Petrobras informa que o orçamento da refinaria sempre esteve dentro dos padrões internacionais. É matéria velha.ENQUANTO OS JORNALÕES TENTAM DENEGRIR A PETROBRAS...Matéria publicada no portal BBC Brasil, “Relatório prevê que Brasil será 6º maior produtor de petróleo em 2030″ repercute relatório (World Energy Outlook 2009) divulgado pela Agência Internacional de Energia – AIE, nesta terça-feira (10/11) , que prevê, graças à descoberta de petróleo no pré-sal, o Brasil passará a ser o sexto maior produtor mundial de petróleo a partir de 2030, com 3,4 milhões de barris diários – atrás de Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Irã e Canadá.
Por Oldack Miranda

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

I Conferência Nacional de Comunicação

Documentário

“UMA BURCA PARA GEISY”

“Miguezim de Princesa"

I
Quando Geisy apareceu
Balançando o mucumbu
Na Faculdade Uniban,
Foi o maior sururu:
Teve reza e ladainha;
Não sabia que uma calcinha
Causava tanto rebu.

II
Trajava um mini-vestido,
Arrochado e cor de rosa;
Perfumada de extrato,
Toda ancha e toda prosa,
Pensou que estava abafando
E ia ter rapaz gritando:
“Arrocha a tampa, gostosa!”

III
Mas Geisy se enganou,
O paulista é acanhado:
Quando vê lance de perna,
Fica logo indignado.
Os motivos eu não sei,
Mas pra passeata gay
Vai todo mundo animado!

IV
Ainda na escadaria,
Só se ouvia a estudantada
Dando urros, dando gritos,
Colérica e indignada
Como quem vai para a luta,
Chamando-a de prostituta
E de mulherzinha safada.

V
Geisy ficou acuada,
Num canto, triste a chorar,
Procurou um agasalho
Para cobrir o lugar,
Quando um rapaz inocente
Disse: “oh troço mais indecente,
Acho que vou desmaiar!”

VI
A Faculdade Uniban,
Que está em último lugar
Nas provas que o MEC faz,
Quis logo se destacar:
Decidiu no mesmo instante
Expulsar a estudante
Do seu quadro regular.

VII
Totalmente escorraçada,
Sem ter mais onde estudar,
Geisy precisa de ajuda
Para a vida retomar,
Mas na novela das oito
É um tal de molhar biscoito
E ninguém pra reclamar.

VIII
O fato repercutiu
De Paris até Omã.
Soube que Ahmadinejad
Festejou lá no Irã,
Foi uma festa de arromba
Com direito a carro-bomba
Da milícia Talibã.

IX
E o rico Osama Bin Laden,
Agradecendo a Alá,
Nas montanhas cazaquistãs
Onde foi se homiziar
Com uma cigana turca,
Mandou fazer uma burca
Para a brasileira usar.

X
Fica pra Geisy a lição
Desse poeta matuto:
Proteja seu bom guardado
Da cólera dos impolutos,
Guarde bem o tacacá
E só resolva mostrar
A quem gosta do produto.”

(se fosse aqui na Bahia a turma mandava ela encurtar mais…)

Fonte: Política com dedo na ferida

Mídia apátrida: coincidências macabras

A sabotagem da Base de Alcântara

Toda vez que se quis privatizar/desnacionalizar – ou simplesmente destruir - empresas ou conquistas brasileiras, “crises” forjadas pela grande imprensa apareceram com o objetivo de se quebrar resistências da opinião pública e, por conseguinte, da classe política. Os exemplos são muitos. Quando FHC, o homem da CIA no Brasil, quis impor o absurdo acordo Brasil/EUA sobre a Base de Alcântara (MA), em detrimento do nosso programa espacial, não se poupou críticas caluniosas contra os técnicos brasileiros. Informações eram tratadas de formas deturpadas e irônicas contra a capacidade tecnológica do Brasil de lançar foguetes. Naquele contexto, houve a explosão da base de lançamento do VLS (Veículo Lançador de Satélites), em 2003, matando 21 excelentes técnicos brasileiros. O VLS tinha sido desenvolvido com tecnologia totalmente brasileira, excluindo a participação dos EUA. Mesmo com argumentos consistentes comprovando que os lançamentos foram sabotados e sem uma conclusão técnica definitiva sobre o “acidente”, o programa foi desativado, sendo substituído por acordos dependentes de pacotes tecnológicos estrangeiros. De repente, não se viu mais ironias maldosas na grande mídia amestrada sobre o VLS brasileiro. Os tucanos venceram. O Brasil perdeu.
Petrobras, vazamentos e o acidente da P-36

A Petrobras sempre foi referência na prospecção de petróleo em águas profundas. Quase não se ouvia falar em acidentes em alto mar ou em terra, nem mesmo relatos acerca de vazamentos. Diante das resistências à privatização da empresa, durante o governo apátrida do “Silvério dos Reis tucano”, FHC (sempre ele!), logo surgiram casos de vazamento e acidentes com os petroleiros. O maior foi com a plataforma P-36, quando 11 petroleiros morreram. Junto com o caso do vazamento na Baía da Guanabara, em 2000, ampliou-se a campanha que procurava denegrir a imagem da empresa nacional, que hoje é uma referência em todo o mundo. Foi naquele contexto que surgiu Lei 9478, que estabelecia as licitações/doações (leilões) que, mesmo não se privatizando a Petrobras, permitiu que grandes multinacionais do petróleo pudessem meter a mão em nosso patrimônio. Com a participação gringa entre os acionistas, as remessas de lucro se ampliaram, o que é péssimo para o processo de capitalização de interna e a balança de pagamentos. Sem investir um centavo em tecnologia e no mapeamento e prospecção do petróleo, as grandes holdings estrangeiras fizeram a festa. De repente, não se falou mais das plataformas e vazamentos da Petrobras. Será que os problemas foram todos resolvidos ou é por conta da manutenção da Lei 9478 (e suas conseqüências), que ainda vigora? Mas, novamente, os tucanos venceram. O Brasil, perdeu. Graças a Deus, Dilma e Lula, hoje, estão tentando reverter a situação.
O “Apagão de FHC” e a privatização das distribuidoras estaduais

Outro caso foi a chamada crise do "Apagão Elétrico". O sistema hidroelétrico brasileiro (genuinamente nacional), com seus grandes reservatórios e sistemas eficientes de transmissão de energia, permitiu que se fizessem barbaridades durante os cinco primeiros anos do tucanato de FHC, sem que a sociedade percebesse, pois havia reservas de água acumuladas. Mas havia a decisão política de se privatizar de qualquer jeito. Diante das resistências, criou-se um sistema híbrido pelo qual as geradoras continuaram estatais e as distribuidoras passaram a ser privatizadas, apenas para se fazer caixa para manter o famigerado "superávit primário" com o objetivo de beneficiar os banqueiros da plutocracia financeira internacional. A campanha contra as geradoras estaduais, mostradas sempre como ineficientes e deficitárias, foi constante. Não se explicava ao público que as estatais – todas elas - foram proibidas pela equipe econômica de FHC de investir em novas usinas hidrelétricas e em linhas de transmissão. Considerava-se "investimento" o dinheiro das privatizações, que apenas transferiram a propriedade de empresas já existentes e não aumentaram a capacidade instalada. Resultado: diante do caos elétrico, quase todas as distribuidoras dos estados foram privatizadas, encarecendo tarifas e piorando os serviços. O Brasil continuou, até o fim do governo tucano, priorizando o pagamento de juros aos banqueiros, em detrimento de investimentos em infra-estrutura elétrica. O consumidor teve que pagar tarifas extras, as termelétricas foram priorizadas (o que é, tecnicamente, um erro) e as chuvas aumentaram, fato que salvou o tucanato. A grande mídia logo esqueceu de tudo e as distribuidoras estatais acabaram mesmo em mãos privadas (com dinheiro do BNDES). Os canalhas tucanos se deram bem. O Brasil, perdeu. Somente a ministra Dilma, quando no Ministério das Minas e Energia, bem mais tarde, ousaria falar em investimentos reais novamente, fato que lhe rendeu severas críticas dos golpistas anti-nacionais de sempre. Claro!
“Caso Renan Calheiros”, Bush e o etanol brasileiro"

Em 2007, Renan Calheiros, aliado de Lula, ficou no olho do furacão. Enquanto a corrupção no atacado – aquela das remessas de lucro dos grandes oligopólios estrangeiros – rolava solta, a imprensa amestrada pegava no pé do presidente da mais importante instituição do Legislativo brasileiro. Acusava-o de ter tido as despesas com a manutenção da amante e de sua filha pagas por um lobista de uma empreiteira. Caso semelhante ao de 1989, quando o então candidato Lula, na época visto como uma ameaça radical ao sistema, teve seu caso com a enfermeira Miriam Cordeiro revelado no Jornal Nacional às vésperas da eleição. Não foi, claro!, o caso de FHC, amigo complacente das transnacionais. Embora a mídia soubesse do seu filho com uma jornalista da “Globo”, o fato não só nunca foi divulgado pela grande mídia brasileira como nunca se perguntou ao político como foram sustentados a mãe e o filho no exterior. O filho de FHC e as circunstâncias em que ele e a jornalista foram "escondidos" na Espanha é, aliás, o maior caso de omissão da imprensa “nacional”. Na verdade, o pecado de Renan foi escrever o artigo "Pé atrás e olhos bem abertos", em março de 2007, quando o presidente Bush visitou o Brasil. No texto, Renan, vinculado à classe de usineiros de Alagoas e apostando no projeto de Lula para o etanol como fonte alternativa importante, advertia o presidente sobre a necessidade de que, numa eventual parceria com os EUA, dever-se-ia colocar em pauta a questão dos subsídios agrícolas daquele país e tratar a questão de forma soberana, pois o país é detentor da tecnologia e possui grande superioridade comparativa no setor. Renan dizia: "Uma parceria com os Estados Unidos (...) pode ser bastante vantajosa para o Brasil. Mas, nessa diplomacia movida a álcool, são no mínimo duvidosas as intenções do presidente Bush, ao deixar de lado as inúmeras divergências comerciais que turvam as relações entre os dois países." Acabou bombardeado pela imprensa comprada, principalmente a de São Paulo. Os tucanos ficaram felizes, como se diz em Goiás, “que nem pinto no lixo”, com a saída de Renan da Presidência do Senado. O Brasil só não perdeu, porque Lula, do alto dos seus mais de 60% de aprovação popular, soube, então, criar alternativas políticas.

A “crise” construída do Senado, o “Estatuto das Estatais” e as Eleições 2010

Neste ano o assunto mais importante para o futuro do Brasil é a questão do chamado “Pré-Sal”. O mundo, neste cenário, vive efetivamente a crise do "pico do petróleo". A perspectiva de exploração realmente soberana desta potencialidade, com as necessárias modificações do modelo propostas pela ministra Dilma Rousseff (uma figura desenvolvimentista, nacionalista e extremamente competente), trouxe uma nova e violenta campanha golpista. Depois do próprio presidente Lula, o principal apoiador da candidatura de Dilma é o ex-presidente Sarney, que sempre pregou que o PMDB se mantenha no apoio firme ao projeto "Dilma 2010". Além deste “pecado terrível” para os golpistas de sempre, o presidente do Senado, preocupado em criar um estatuto comum para empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias, apresentou o projeto de lei complementar(PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 207) que institui o “estatuto jurídico da empresa pública”, o chamado "Estatuto das estatais". Ele quer fazer cumprir a Constituição, que prevê a regulamentação dos parágrafos 1º e 3º do artigo 173. Sua proposta, ao definir o tratamento jurídico que deve ser dispensado às estatais (sejam federais, estaduais, distritais ou municipais), visa "acabar com as divergências sobre o que são e como devem ser tratadas essas empresas". O projeto cria regras claras e uniformes sobre questões importantes, como o regime e regras societárias; fiscalização e controle; licitações, obrigações e contratos; normas contábeis mais rígidas e eficazes; responsabilidades dos administradores e do controlador; regime de avaliação, individual e coletiva, do desempenho dos administradores, realizada pelo Conselho Fiscal; esclarecimento das competências dos Tribunais de Contas. A proposta também reforça a função social da empresa pública e da sociedade de economia mista, com “preocupação no desenvolvimento social brasileiro e não somente nas regras estritamente capitalistas”. Quer dizer: o projeto de Sarney incomodou muita gente poderosa que defende, no Brasil, as grandes empresas estrangeiras, pois cria as condições institucionais para que as propostas políticas e técnicas, realmente nacionalistas de Dilma, possam se concretizar. Portanto, Sarney, além do claro apoio político que vem dando à base parlamentar do governo, está apoiando Lula e Dilma também sob o ponto de vista institucional e técnico. Não é por outro motivo que veio a ser o grande “boi de piranha” da mídia golpista tucanóide contra o Senado Federal nos últimos meses. Se percebermos a lógica descrita em todos os casos anteriores, verificar-se-á que os problemas que Sarney enfrentou não são resultantes de uma certa idéia fixa dos pseudo-jornalistas que cobrem o Senado, com questões pretensamente moralistas, mas o resultado das reações raivosas das forças anti-nacionais contra as ações consistentes do atual bloco de poder hegemônico, que caminha para dias cada vez mais soberanos para o País. A questão é muito mais complexa e complicada. Portanto, como disse Renan Calheiros, quando o assunto é o combate às já manjadas forças apátridas tucanóides, deve-se ficar com o “pé atrás e os olhos bem abertos”. Essa gente é perigosa...
Said Barbosa Dib, historiador e analista político em Brasília.
Obs.: No último dia 04, a CCJ - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado - aprovou o parecer sobre o projeto do senador Sarney, tendo-o encaminhado à Secretaria-Geral da Mesa, para as devidas providências. Hoje encontra-se na Subsecretaria de Coordenação Legislativa do Senado. Veja os detalhes da tramitação, clicando aqui.
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