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terça-feira, 8 de abril de 2008

Custou acreditar

Há pouco tempo, contava para um amigo uma notícia que li certa vez num blog e confesso que não só ele, como também eu custei acreditar. Não sou ingênuo a ponto de achar que tudo que se divulga na internet é verdade. Alias, qualquer veículo midiático merece desconfiança. Feitas estas observações, publico aqui uma matéria encontrada em pelo menos dois endereços da internet sobre sobre o comportamento do filho de um "respeitável" senador da república, que é tão sério, que julga-se autorizado por sua conduta "ética e moral" a dar uma surra do presidente Lula.

NO CEARÁ NÃO TEM DISSO NÃO (RB de Catende)

Diante do espetáculo inusitado, as moçoilas ficaram sem fala e, conseqüentemente, não conseguiram dizer um “não há de quê” ou “de nada”.

Deputado estadual do Amazonas, o Arthur Bisneto pediu ao seu motorista para parar o carro na Praça da Matriz de Eusébio, cidade da Região Metropolitana de Fortaleza, e perguntou a duas adolescentes onde ficava o Cabaré da Tia Bete. As jovens não sabiam informar e, em agradecimento à atenção dispensada, o filho do senador e líder do PSDB no Senado Federal, Arthur Virgílio Neto, baixou o conjunto calças e cueca e mostrou a garupa branca e nua da silva às cearenses. Diante do espetáculo inusitado, as moçoilas ficaram sem fala e, conseqüentemente, não conseguiram dizer um “não há de quê” ou “de nada”.

Encerrado o contato imediato do primeiro grau, o carro saiu em disparada, não se sabe para onde, mas, inconformado com a falta de educação das meninas, Bisneto solicitou ao profissional do volante para retornar à Praça da Matriz e, sob olhares atônitos generalizados, inclusive de um amigo que o acompanhava na busca ao Cabaré, o nobre Deputado desceu do veículo, empunhou o membro flácido e urinou diante de um casal, acariciou o cabelo da mulher e ameaçou seu namorado, dela, com uma garrafa. Não bastasse o atentado em praça pública, ao ser levada ao xilindró, a autoridade legislativa questionou a senhora comerciante, que o acusava de mostrar as nádegas às filhas dela, não só repetindo o gesto da Praça da Matriz mas fazendo uma solicitação inusitada: “Olha aqui pra ver se é a minha mesmo”. No que estava ele naquele xaxado cívico, entrou na sala a Delegada Titular da Delegacia Metropolitana, a doutora Penélope, que, sem entender o que estava em curso, ordenou ao jovem para subir o que descera.

Esta história está na edição desta quarta-feira, 7 de outubro, Dia do Compositor, como destaque do caderno de Política do jornal O Povo, de Fortaleza, onde ainda está escrito que o Bisneto reagiu à solicitação da autoridade com palavrões e a eterna ameaça contra quem não sabia com quem estava falando. E foi mais longe, ao dizer que o relógio do seu pulso daria para comprar os policiais, as viaturas e a própria Delegada, como se houvesse lido as etiquetas na testa de cada um dos presentes e feito uma conta ligeirinha. O periódico não revela que jóia usava o Deputado, mas a doutora Delegada achou que um par de algemas valorizaria ainda mais a peça e mandou colocar uma rodela em cada pulso, uma delas um pouco abaixo da elegante pulseira de couro caramelo do bravo freqüentador do Palácio Rio Branco.

Lembrei-me do baião “No Ceará Não Tem Disso Não”, de Guio de Moraes, que assevera, antes do refrão: “Tenho visto tanta coisa, nesse mundo de meu Deus, coisas que prum cearense, não existe explicação, nem que eu fique aqui dez anos, eu não me acostumo não”. Perguntei andando a alguns pescadores na praia do Mucuripe, a algumas donas de barracas de artesanato na praia do Náutico e a taxistas se acreditavam que o ato do Deputado do Amazonas poderia abalar o refrão conhecido no mundo inteiro. A melhor resposta veio de um pescador: “Moço, a única coisa parecida com uma bunda branca da amazônia que fez morada aqui no Ceará é a bolinha de sorvete de cupuaçu. Tirante ela, garanto que no Ceará não tem disso não”.

Fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2004/10/291995.shtml

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