PSDB e PPS barram requerimento para investigar caso Alstom
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), integrante da Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara, criticou nesta quarta-feira (28) a postura de parlamentares da oposição que barraram hoje a aprovação de um requerimento sobre os contratos firmados entre o Governo de São Paulo e a empresa francesa Alstom.
No requerimento, Zarattini convidava o secretário de Transportes Metropolitanos do estado, José Luiz Portela; o presidente do Metrô, José Jorge Fagali; e o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa. O objetivo era discutir os contratos da Alstom e o possível pagamento de propina a integrantes do governo paulista.
Promotores do Ministério Público da Suíça e da França investigam denúncia de pagamento de propina de US$ 6,8 milhões feito por funcionários da Alstom para ganhar um contrato de US$ 45 milhões para ampliação do metrô de São Paulo. Há suspeita também de suborno no setor elétrico.
Um ex-diretor da empresa, José Sidnei Colombo Martini, foi alçado em 1999 à presidência da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP). Desde então, a CTEEP celebrou 47 contratos com a Alstom, no valor de pelo menos R$ 333 milhões.Zarattini condenou o comportamento do presidente da CVT, deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), e dos integrantes do colegiado Vanderlei Macris (PSDB-SP) e Arnaldo Jardim (PPS-SP). “Foi um fato histórico marcante. A comissão se recusou a tomar conhecimento de possíveis irregularidades com recursos federais no metrô de São Paulo. Mais uma vez, o PSDB demonstra que só gosta de investigar quando está na oposição. Quando se trata de São Paulo, onde o partido está no governo há 14 anos, eles se recusam a atender um simples requerimento de convite”, afirmou.
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