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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Audiência Pública sobre o meio ambiente

No último dia 26/05, (segunda-feira) A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social realizou a I Audiência Pública sobre Resíduos Sólidos, ou seja sobre o impacto do lixo no nosso meio ambiente. O evento contou com a presença de várias autoridades, entre elas: o prefeito municipal Lauro Falcão, O Secretário de Educação, Jucemar da Costa, o seretário de esporte e lazer Gilberto Oliveira, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Social, Venâncio de Abelardo, os vereadores José Avelange, Luciano do Barreiros e Teodomiro Paulo. O Juiz Dr. Wolney Perrucho, também convidado e impossibilitado de comparecer devido a compromisso assumido anteriormente ao convite, indicou-me seu representante. Também se fizeram presentes representantes da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos e Ambientais e da CRA.
No início lamentei a pouco participação da população, mas aos poucos as cadeiras foram sendo ocupadas e a oportunidade se revelou bastante proveitosa.
A equipe organizadora e convidados de Salvador, Valente, São Domingos, Conceição do Coité e outras localidades que a memória me furta, discorreram sobre suas experiências e suas realidades acerca do meio ambiente de suas respectivas cidades, foram apresentadas várias iniciativas e propostas. Entre elas, a criação de consórcio entre município para criação de aterros, processamento e reciclagem dos resíduos sólidos. Outra proposta, que inclusive já havia sido suscitada em outros encontros, foi a aplicação do tema do meio ambiente nas escolas. A novidade foi que essa idéia contemple os recursos naturais ambientais de cada localidade e suas respectivas escolas. Por exemplo, as escolas do município de Riachão do Jacuípe devem incluir no seu conteúdo a história, a importância e a atual situação do rio Jacuípe de forma ilustrativa. Deve ainda mostrar as chaminés das olarias do Povoado de Barreiros, o que elas representam para a saúde dos moradores, a devastação natural causada nas margens do rio, a extinção do fauna e flora local, a poluição ambiental causada pelos lixões formados nas margens do mesmo rio no Alto do Cruzeiro, a poluição do Açude do Cedro, etc.
Acredito que só quando ilustramos com a nossa realidade este tema, poderemos perceber a dimensão do impacto causado ao nosso meio ambiente, à nossa casa comum, o PLANETA TERRA. É preciso por emoção na educação, caso contrário ela será apenas adestramento, não educação, pois não há educação sem emoção.
Como exemplo disso, na própria audiência pública podemos constatar como o que digo faz sentido, quando durante a apresentação de vários slides mostrando diversas experiências de vidas transformadas pelo trabalho de reciclagem do lixo em Salvador, o apresentador mostrou com naturalidade fotos de trabalhadores de várias cooperativas, quando no entanto, mostrou as fotos e os trabalhadores da própria cooperativa da qual ele faz parte, não pode conter as lágrimas e sua emoção mexeu com todos os presentes.
Isto prova que quando somos parte de um conteúdo, não conseguimos manipulá-lo como um objeto. Ao mostrar as fotos das outras cooperativas e outros trabalhadores, o expositor via naturalmente aquilo como algo ilustrativo, mas ao falar de sua história, não era mais só ilustração era a sua vida e assim, impossível vê-la dissociada de si. Era ele mesmo, o seu ambiente, o meio social de convívio, seu relacionamento com a natureza e com as pessoas com quem divide espaço no seu bairro, na sua rua, na sua casa, no planeta ameaçado que estava sendo mostrado em sua essência pessoal.
Daí porque, acredito que se quisermos mudar o mundo, a começar pelo zelo ao meio ambiente a educação tem que se voltar para a vida. Ou trazemos a vida para a escola ou a escola continuará sem motivação, portanto, sem vida.

A audiência terminou com a exibição de um emocionante vídeo que posto também neste espaço. abaixo.

Cliquie aqui - SOS Meio Ambiente.



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