Para se defender das críticas do jornalista Fernando Rodrigues, da Folha de S. Paulo, no artigo “Como nasce um coronel”, o deputado federal ACM Neto (DEM) não vacilou em reescrever a história do Brasil, em carta publicada terça-feira (15).
“Meu avô, Antônio Carlos Magalhães, rompeu com as oligarquias, modernizou a Bahia e foi fundamental para a democratização do país, enfrentando os militares e ficando ao lado de Tancredo Neves”.
ACM não rompeu com as oligarquias. Ele traiu seu padrinho político, Juracy Magalhães, passou-lhe a perna e tomou o lugar dele criando um coronelismo urbano. Se modernizou a Bahia esqueceu de dizer isso aos baianos, porque depois de 40 anos de autoritarismo político, deixou um estado atrasado, péssima educação, campeão de analfabetismo, pior sistema de saúde pública. A menos que modernizar signifique construir um centro administrativo a preços zzzzilionários. Antes da jogada oportunista de aderir à democratização, quando a ditadura estava no fim, é preciso lembrar que ACM participou do golpe militar, dele foi beneficiário, prefeito e governador sem voto indicado pelos generais. Ah! E ninguém sabe de onde veio o dinheiro para montar a Rede Bahia e seu complexo de comunicação, que, aliás, ACM Neto é herdeiro.
“O colunista se esqueceu de citar o papel combativo que eu e meu partido tivemos no caso do “mensalão” do PT”.
Papel combativo que nada. O deputado ACM Neto ficava histérico por uma câmara de TV. Queria apenas aparecer. Não foi ali que o baixinho disse que ia dar uns tabefes no presidente Lula? Na verdade, aproveitava-se do cenário para difamar o PT.
“O DEM foi ágil no caso do governador Arruda. Abrimos processo de expulsão, demos direito à defesa e, se o governador não se desfiliasse, seria expulso”.
ACM Neto deve achar que o jornalista Fernando Rodrigues é muito burro. Ou está escrevendo para a arquibancada do circo. O PT expulsou quem tinha que expulsar. Uns saíram por conta própria e outros nada tinham a ver com as acusações do pilantrão Roberto Jefferson. O governador Arruda, do DEM, na verdade, saiu do DEM para tentar ficar no poder. Perde o dedo para não perder a mão de contar dinheiro. Isso é a cara do DEM. Aliás, o avô dele ensinou o caminho. No escândalo do painel do Senado, ACM renunciou para não ser cassado, e depois voltou eleito pelo curral eleitoral da Bahia, berço do coronelismo carlista.
Oldack Miranda
1 Comment:
Q loko!!!
Post a Comment