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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Evo melhorou a Bolívia

Aos poucos, vão sendo impostas a democracia e a verdade aos seus eternos inimigos nesta parte do mundo, ou seja, aos Estados Unidos, à mídia latino-americana e, sobretudo, aos fascistas bolivianos, que tanto mal estão causando ao povo da Bolívia e à democracia de toda região ao reeditarem um passado de golpismo, de racismo e de ruptura institucional.

Facilitado pela mídia golpista daqui, a maior das mentiras que está sendo contada é a de que o governo de Evo Morales Ayma, com seu “comunismo”, estaria afastando investimentos da Bolívia e fazendo ruir a economia do país.

Nesse contexto, vários leitores deste blog vieram aqui repetir bobagens que leram na imprensa golpista tupiniquim sobre a “piora” que o governo da Bolívia promoveu no país, “afastando investimentos” etc.

A “imprensa” estimula a burrice da sociedade ao dar ampla publicidade a discursos enlatados engendrados nas redações das Folhas, Globos, Vejas e, claro, nos “Comitês Cívicos” dos nazistas da “Meia Lua” boliviana.

Essa gente nada sabe sobre a Bolívia. É provável que nem saiba qual é a capital de fato do país, que, à diferença do que se pensa, não é La Paz e, sim, Sucre; La Paz é a sede do governo boliviano. Isso não impede essas vítimas do mau jornalismo de saírem por aí repetindo as imbecilidades que foram inculcadas em suas cabeças vazias.

Diante desse quadro deprimente de emburrecimento jornalístico coletivo, vale a pena expor alguns fatos sobre os êxitos expressivos que também o governo de esquerda boliviano vem obtendo nos últimos anos, à semelhança dos êxitos que todos os governos progressistas da região vêm obtendo em maior ou menor grau.

Evo Morales foi eleito em dezembro de 2005. O país que passou a governar era, então, o mais pobre da América do Sul, com 60% dos seus 9 milhões de habitantes abaixo da linha da pobreza e 38% em extrema pobreza; desemprego de 12%, com 40% de sub-empregados; renda dos indígenas 40% inferior à renda dos não-indígenas (Fonte: Vi o Mundo)

Apesar de ter a segunda maior reserva de petróleo da América do Sul, a Bolívia ainda é o país mais pobre da região. Não foi por outra razão que Evo nacionalizou o gás e o petróleo e negociou seus preços com o Brasil e a Argentina, pois tais preços eram extremamente baixos. O gás, por exemplo, era vendido por cerca de 3 dólares o metro cúbico, apesar de o preço alternativo – por exemplo, da Rússia – ser 3, 4 vezes mais alto. (Fonte: Folha de São Paulo)

Com a nacionalização do petróleo, a Bolívia passou a lucrar 85% das exportações do produto, que dobraram de 2005 para 2006, chegando a 4,9 bilhões de dólares (Fonte: Vi o Mundo).

Mas o discurso falacioso mais comum que as vítimas da lavagem cerebral midiática gostam de alardear é o de que Evo estaria “afastando investimentos estrangeiros” com seu governo “comunista”.

É mentira. A empresa siderúrgica indiana Jindall Steel & Power, por exemplo, ganhou licitação em 2006 para a explorar a jazida de Mutún, uma das reservas de ferro mais importantes do planeta, que fica no leste da Bolívia. O investimento, até agora, soma 2,5 bilhões de dólares (Fonte: Folha On Line).

É bom informar, também, que a mina de Mutún possui reservas de 40 bilhões de toneladas de ferro, 10 bilhões de magnésio (70% das reservas mundiais) e se achava sub-explorada antes de Evo assumir (Fonte: Folha On Line) .

Outro êxito expressivo do governo da Bolívia foi na questão da dívida externa do país. A queda do endividamento boliviano, que ocorreu já no primeiro ano do governo Evo Morales (2006), decorreu da obtenção de muito maior receita do petróleo, principal fonte de divisas da Bolívia e que era vendido a preço de banana ao Brasil, certamente porque os governos brasileiros anteriores devem ter usado “argumentos” altamente convincente$ para que os governos bolivianos de então aceitassem vender-nos gás por preços tão irrisórios...

Os gráficos abaixo mostram quanto caiu a dívida externa da Bolívia a partir do governo Evo Morales, eleito em 2005 e empossado em 2006 (Fonte: Cia - The World Factbook).

Quero explicar a vocês, finalmente, que, durante a recente crise na Bolívia, dediquei-me tanto ao assunto aqui porque descobri uma coisa. Nos últimos 13 anos venho viajando quase todos os meses pela América Latina. Nesses tantos países, fiz amigos, entrei nas casas das famílias, vi as mazelas e as qualidades desses povos e países e com eles estabeleci uma ligação muito íntima. Em suma, aprendi a amar a região em que está o meu país.

Senti uma dor imensa ao ver sofrer tanto, ao ver ser chacinado por bandidos aquele povo pobre, humilde, que tantas vezes me recebeu como se eu fosse uma celebridade só por ser branco, brasileiro e por me dignar a entrar em suas casas humildes. Os bolivianos são pessoas boas, humanas, com forte senso de solidariedade, humildes ao impensável... Sinto muito por eles, sobretudo pelas vítimas dos reacionários nazistas da “Meia Lua”, uma gente desprezível que, infelizmente, conheço bem, e que explora aqueles índios e os trata como lixo.

Mas parece que as coisas melhoram graças ao apoio decidido dos governos progressistas latino-americanos – e não acreditem na imprensa golpista brasileira quando esta põe em dúvida o apoio de Lula a Evo –, que disseram em alto e bom som aos mentores do golpismo boliviano, os Estados Unidos, que não aceitariam que a potência hegemônica voltasse a promover por aqui sua “democracia” criminosa.

O mundo mudou, a América Latina muda mais do que qualquer outra parte, mas a direita latino-americana, vil, assassina, covarde, golpista e capacho dos americanos ainda não percebeu. Azar dela.


Fonte: Cidadania.com

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