Na noite desta quarta-feira, 12 de agosto de 2009, graças ao instrumento que mais infunde terror nos corações dos barões da televisão brasileira, o controle remoto, pude assistir, golpe a golpe, a um duelo de titãs: Globo e Record se engalfinharam em horário nobre.
Foi sangrento. A Globo mostrou o picareta que é Edir Macedo por explorar a boa fé de pobres coitados aflitos com seus dilemas e demônios íntimos. E a Record revidou com a história podre da rival carioca, os serviços prestados à ditadura, as armações políticas, as manipulações.
A estratégia da Globo baseia-se em dados demolidores contra a Igreja Universal graças a informações de investigação contra esta que corre em segredo de Justiça, o que fez o Jornal da Record perguntar, em alto e bom som, o que não é tão menos complicado de a rival responder: como conseguiu tais informações?
A questão levantada pela Record deverá desembocar em investigação também desse fato. Será ótimo descobrir – ou ver alguém denunciar publicamente num grande meio de comunicação – como funciona esse esquema de vazamentos de processos judiciais, que, aliás, provocou medida judicial recente contra outro membro do PIG, o Estadão.
O mais importante, para mim, foram as acusações de partidarismo global em prol de Serra (a foto dele apareceu sob locução que aludiu aos favorecidos pela emissora carioca contra Lula). Pela primeira vez, foi dito claramente que a Globo trabalha para o tucano.
A porcaria foi jogada no ventilador. E atingiu as duas emissoras que a arremessaram, porque ambas estão cobertas de razão no que dizem uma sobre a outra. E quem ganha com a “razão” delas, somos todos nós, incluindo os fãs de uma e da outra.
Fonte: Cidadania.com
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