Pesquisar neste blog

sábado, 12 de julho de 2008

Bandidos. uni-vos!

Crônica

Por: Eduardo Guimarães

Bandidos, uni-vos!

Aparício Torelly, o Barão de Itararé


Hoje, quero me dirigir a vocês, canalhas de todas as cepas, estelionatários e traficantes de drogas, piratas intelectuais, contrabandistas, falsificadores de dinheiro, assassinos de aluguel, cafetões, gigolôs...

Em suma, àqueles que fazem do crime seu modus vivendi, quero apontar o caminho para que deixem de ser discriminados e desrespeitados quando flagrados com a boca na botija.

Deixem de ser arrestados com violência, violadores da lei. Parem de ser algemados sem questionamentos do Supremo e da oposição tucano-pefelê mesmo quando, sabendo que “a casa caiu”, não oferecerem resistência à prisão.

Primeiro conselho: roubem, mas roubem muito. Mesmo quando delinqüirem por vingança, dêem um jeito de roubar muito dinheiro junto do crime principal. Mas tem que ser muito.

Precisam roubar somas estratosféricas se quiserem ter seus direitos existentes e fictícios respeitados e até inventados pela cúpula da Justiça.

E para serem julgados pela Suprema Corte, é claro, pois neste país há uma senha para aqueles que por aquela Corte são julgados: se chegaram até lá, é porque têm o que é preciso para serem imunizados contra a lei – ou seria “impunizados”?

Dirão vocês, ó gatunos e tarados, ó punguistas e ladrões de xampu em supermercado, ó apontadores de jogo do bicho, ó passadores de “bagulho”, que vocês não têm acesso às fortunas que um Daniel Dantas e congêneres têm, que não fizeram amizades com políticos e que não podem, por isso, contar com a boa vontade da mídia.

Sim, reconheço vosso obstáculo à impunidade e já havia pensado nele. E foi pensando nele que engendrei uma solução.

Por que não criarem uma cooperativa, pretensos gênios do mal? Se o que precisam é de muito dinheiro para comprarem o apoio do Supremo, da imprensa e de partidos políticos, uni-vos, ó trambiqueiros do Brasil.

Aliás, já que não se pode restaurar a moralidade nestas plagas, façamos como apregoou o Barão de Itararé: locupletemo-nos todos de uma vez por todas.


Fonte: Cidadania.com

1 Comment:

Ricardo Thadeu (Gago) said...

rsrsrs
Interessante o texto.
Exelente ironia, acho.

Acessos