Pode-se dizer qualquer mentira contando parte da verdade, e é isso o que está fazendo a mídia na questão do nível de emprego no Brasil. Com finalidades políticas, a mídia tenta fazer o consumidor parar de consumir, de forma que, com queda nas vendas, os empresários demitam. E com demissões e quebradeiras, a popularidade de Lula finalmente cairia, beneficiando politicamente os autores dessa insanidade.
Tentou-se, pelas duas vias (empresários e trabalhadores), induzir a crise. Com os empresários, não está funcionando. Eles gostam de dinheiro, não querem crise, menos aqueles grandes empresários que mamam nas tetas do Estado, que Lula não está tratando a pão-de-ló ao exigir deles contrapartidas para receberem dinheiro público, tais como não demitir e investir.
A Globo, a Folha, a Veja, em suma, a quadrilha midiática que prejudica o país, que parou de fazer jornalismo faz tempo, que virou mera máquina de propaganda do governador de São Paulo, José Serra, a fim de elegê-lo presidente em 2010, está difundindo um aumento do desemprego que não está ocorrendo da forma que apresentam.
Este blog pretende explicar os fatos a fim de que seus leitores os difundam o máximo que puderem e enquanto é tempo, porque o noticiário está impressionantemente alarmista e já começa a surtir efeito.
Nos jornais e telejornais surgiram, nos últimos dias, fatos e números que são verdadeiros, mas que contam apenas parte da verdade. A questão foi pouco explicada e não estou vendo ninguém explicar a onda de desemprego que dizem que há. Começarei, pois, pelo mais óbvio até chegar à malandragem mais importante e que ninguém está explicando e que Lula até explicou, mas ninguém percebeu.
Esse noticiário começou acenando com milhares de demissões que estão ocorrendo na indústria automobilística, com destaque para 744 demissões na GM. Mesmo dizendo que os demitidos foram trabalhadores contratados em regime temporário, portanto sob expectativa de que tais contratações seriam só para suprir uma situação de aumento momentâneo da demanda, a relevância desse fato não está sendo bem explicada.
Os demitidos foram contratados em caráter temporário bem antes do agravamento da crise no mundo e no Brasil em setembro do ano passado. Havia a expectativa de não serem mais necessários em algum momento, por isso foram contratados temporariamente, mesmo que houvesse expectativa de manutenção de nível de demanda e, portanto, do emprego.
Então, grande parte das demissões na indústria automobilística é bem menos grave do que se pensa. Trata-se apenas de acomodação da demanda.
A indústria automobilística está puxando para cima o número de demissões e de queda na atividade industrial. Isso ocorreu por falta de crédito internacional, que financiava as taxas de juro baixíssimas que eram oferecidas na compra a prazo de carros, que era a maior parte dos negócios.
Com a paralisação dos negócios com carros novos por falta de crédito – e não de ânimo do consumidor –, a produção das montadoras parou e as indústrias de autopeças, que entregam a elas grandes volumes e que estão ajustadas para demanda ininterrupta da linha de produção dessas montadoras, passaram a demitir.
Porém, com medidas do governo para suprir a falta de crédito e com renúncia fiscal favorecendo as montadoras, em dezembro a compra de carros novos subiu fortemente e várias linhas de produção serão retomadas. Há expectativas de aumento das vendas depois do primeiro trimestre, por isso as montadoras querem que os trabalhadores aceitem ganhar menos até que elas voltem a ter lucros estratosféricos, pois demitir as colocaria numa situação que narrarei a seguir.
Sou representante de comércio exterior de uma indústria que vende a montadoras. Viajo pela América Latina para fechar contratos de exportação. Em novembro do ano passado, com a paralisação do suprimento da linha de montagem das montadoras, o dono da empresa que represento, assustado, demitiu dez por cento dos seus empregados. Precipitou-se, apesar dos meus avisos.
Na primeira quinzena de janeiro, a demanda explodiu, pois a empresa também vende para o mercado paralelo (para atacadistas de autopeças) e este, que também tinha se retraído em outubro, novembro e dezembro, diante dos muitos negócios que perdeu por falta de mercadorias lotou aquela fábrica com pedidos neste mês.
A fábrica demitiu cerca de 30 trabalhadores da produção. Agora, está tendo que trabalhar três turnos e, assim mesmo, não está suprindo a demanda. Os clientes dos clientes da fábrica estão pressionando seus provedores, que acabarão cancelando pedidos da fábrica que represento e indo comprar da concorrência.
Os empresários que embarcaram no jogo político da crise se deram muito mal. Como não estão demitindo a contento, pois as demissões são em setores localizados com esmagadora liderança do setor automotivo, tenta-se agora sabotar a economia pela via do consumidor alarmando-o com o fantasma do desemprego.
O mais trágico disso tudo é que se o consumidor comprar passagem nesse barco furado, acabará perdendo seu emprego. Caindo a demanda, seu patrão demitirá. Mas o noticiário sobre desemprego assusta, mesmo que esteja sendo distorcido a fim de alarmar.
E agora vou explicar a pior das malandragens. É o seguinte: a mídia infestou jornais e telejornais com notícias de que as demissões em dezembro foram as maiores desde 1999. É verdade. A mídia só não diz que as contratações também foram as maiores da história, em 2008, de maneira que os números do IBGE mostrarão, em breve, um resultado muito melhor do que se pensa, ainda que venham a mostrar certo aumento do desemprego.
Esta é minha denúncia. Espalhem-na. Peço a vocês, por favor. A cada dia de alarmismo, mais estragos são causados. O país está sendo sabotado pelas famílias Marinho, Frias, Civita, Mesquita e congêneres. Não há um grande aumento do desemprego, mas outros empresários poderão fazer o que fez aquele que mencionei acima, que se assustou e demitiu por conta, pagando, em média, 4 meses de salário para cada demitido, e agora terá que recontratá-los, depois de dois meses (!).
Fico meio exasperado porque não tenho como difundir adequadamente esta denúncia. A mídia bloqueia qualquer coisa neste sentido, qualquer coisa que contrarie os prenúncios das desgraças que ela alardeia a fim de que o eleitorado fique insatisfeito com o governo e vote em Serra em 2010.
Minha família e eu dependemos do meu trabalho. As de vocês - e vocês mesmos –, também. A quase totalidade do país trabalha duro para viver, seja como empresário ou como trabalhador. Não receberá os “brindes” que Serra distribuirá à mídia, se for eleito presidente. Não passam de algumas dúzias os que serão beneficiados pela eventual débâcle econômica do país.
Não se omita. Ajude-me a ajudar o país. Difunda este texto como se sua sobrevivência dependesse disso. E que Deus nos ajude, sendo tão ameaçados por essas máfias midiático-oposicionistas.
Fonte: Cidadania.com
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