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terça-feira, 30 de março de 2010

Lula tem razão, a mídia acha que notícia é notícia ruim

O presidente Lula tem a mesma percepção que eu tenho. A imprensa brasileira continua achando, no geral, que notícia boa é notícia ruim, o caos, o desastre, o escândalo. Ontem à noite, tive o desprazer de ligar o noticiário da TV Band. Um horror. O jornalismo foi atrás das piores distorções na educação brasileira, provavelmente para se contrapor ao clima construtivo da Conferência Nacional da Educação. Mais uma vez tive que ver e ouvir que existem escolas de lata, de ferro, de palha, de barro batido. Nada sobre experiências inovadoras.


Sugestão de pauta para a Band. Na última quarta-feira (24.03.2010), Felipe Ferreira da Silva, 12 anos, aluno da 5ª série da Escola Estadual Carlos Freitas Mota, foi o primeiro dos 400 estudantes da rede pública da Bahia selecionados para estudar no Centro de Educação Científica do Semiárido, implantado com apoio do Governo Wagner (PT) em Serrinha, a 190 km de Salvador. Felipe Ferreira da Silva é morador do bairro Novo Horizonte, antigo Matadouro, habitado por remanescentes do Quilombo Flor Roxa.

Por que a Band, a Rede Bahia, a Rede Globo et caterva não noticiam o início das aulas no Centro de Educação Científica do Semiárido, que já inscreveu 1.600 estudantes do Território do Sisal? A popularmente chamada Escola de Ciências de Serrinha, lá no meião do sertão, foi instalada nos moldes do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra, do Rio Grande do Norte. E tem um padrinho de peso: o médico paulista Miguel Nicolelis, um dos mais renomados cientista da atualidade, coordenador do laboratório de neurociências da Universidade de Duke (EUA).

Dr. Miguel Nicolelis, diretor do Instituto Internacional de Neurociências (IINN-ELS) dará uma aula magna na Escola de Ciências de Serrinha na segunda quinzena de abril. Mais uma oportunidade para a imprensa do fim-do-mundo divulgar o lado bom e inovador da educação na Bahia. O objetivo do Centro é incentivar as atividades de pesquisa, desenvolvimento, produção e disseminação de conhecimento científico e tecnológico, através de oficinas, laboratórios de ciência e robótica. O projeto vai atender inicialmente 400 alunos de 23 escolas públicas estaduais, dez das quais da zona rural.

Uma educação com chances iguais para todos é possível.
 
Fonte: Blog Bahia de Fato

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