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segunda-feira, 19 de maio de 2008

O jornal impresso vai acabar (fará falta a você?)

Interessante e imperdível a análise e a previsão futurista do juiz aposentado de suas funções na magistratura e atuante nas funções de militância pela cidadania. Vejam o que ele pensa sobre a imprensa escrita dos dias atuais.

A saída é a internet


Dentro do meu sagrado direito de liberdade de expressão, vejo de forma otimista o fato de “Menos de10% da população lêem jornal”, mesmo porque entendo que o jornal de papel não só no Brasil perdeu sua função social e qualidade, não informa, mas ao contrário desinforma. Enquanto se discute se a imprensa no papel vai acabar, defendo a tese que num futuro bem próximo os atuais jornais de grande circulação também serão gratuitos a exemplo do Metro e Destak, como amplamente sustentei na minha primeira Resenha, com base na palestra do Prof. Coelho. Sendo assim, nada mais temos a perder. Os jornais convencionais ou serão gratuitos ou terão que migrar para a Internet, mas desde que melhorem os seus conteúdos jornalísticos, porque se assim não acontecer, nem na internet serão lidos. A questão vem sendo estuda por vários anos e não se trata de uma opinião pessoal deste aluno. Em 05.04.08 enviei minha primeira Resenha sobre o assunto e em 06.05.08 uma mensagem em nosso grupo de estudo, de Jaqueline Porto repassou a notícia da Redação da agência Reuters com o titulo: “Editores apostam que jornais serão gratuitos no futuro”. ( Coloquei em negrito ). Em resumo a notícia revela que : “...editores dos mais importantes veículos de comunicação do mundo são otimistas quanto ao futuro das publicações na quais trabalham, embora achem que elas terão que se adaptar à era digital. Eles acreditam que os jornais devem se tornar gratuitos e dar mais destaque a comentários e opiniões. ( Grifei e coloquei em negrito ). No terceiro parágrafo da mensagem está dito que: “A evolução do quarto poder não é mais questão de se, e sim de como”. Os editores sabem a solução: inovar, Integrar. Ou perecer”, disse o pesquisador John Zogby.A edição da Revista Carta Capital, que comprei hoje, sábado, 17.05.08, de Nº 496, às fls. 50/51, com o destaque “A imprensa no papel vai acabar?”, inicia a matéria dizendo que: “A circulação dos maiores jornais americanos continua a cair. Os dados do fim de agosto apontam para um futuro difícil.” Depois de destacar dois tópicos: “A maioria dos jornais americanos registra queda de circulação. A internet é uma saída” ( Grifei ) e “RADICAL.O Capital Times, de Wisconsin, migrou para a web, na expectativa de difundir matérias locais com profundidade e cativar os internautas” (Novamente grifei ), conclui a matéria dizendo que “É essa a oportunidade que a internet oferece e a transição do papel para a tela, se bem-feita, pode ser benéfica e lucrativa. Como escreveu o editor Fanlund do texto de despedida da edição impressa do Capital Times. Para ele, “tudo vai dar certo”.- POR FELIPE MARRA MENDONÇA.No que se refere a Internet não estou preocupado como a Professora Bia se os grandes portais estão ligados diretamente a grandes centros produtores de conteúdo, como grandes jornais e TVs. UOL – Grupo Folha. Posso afirmar que faço minhas pesquisas e leio notícias sem utilização de nenhum dos portais mencionados. Notícias sérias e com credibilidade jamais serão encontradas nestes locais. As melhores notícias, inclusive sobre o Brasil são encontradas em Jornais e Revistas Internacionais considerados como os melhores do mundo, como por exemplo, “El Pais “, da Espanha, porque temos um jornal do mesmo nome no Uruguai, “Financial Times”, “The Economist”,etc., só para exemplificar. No Brasil, ao meu modo de ver, os melhores Jornalistas não fazem parte dos ditos grandes jornais e TVs. Sem citar nomes ou portais, posso garantir que em diversos Sites ou Blogs podemos encontrar excelentes matérias de pesquisas e jornalísticas. Os Blogs de jornalistas das organizações Globo e Folha só repetem e defendem aquilo que seus patrões determinam, sendo evidente que se escreverem e falarem em seus Blogs coisas que não estão na Cartilha doutrinária dos patrões ficarão desempregados e em pouco tempo seus sites ou blogs nem mesmo serão acessados.Também não me preocupa a afirmação de que “menos de 20% têm acesso freqüente à internet”, ou os números da Pesquisa TIC Domicílios. Não quero dizer que tais dados não estavam corretos quando foi feita a pesquisa, mas certamente estão defasados e quem diz isto é a indústria de computadores comemorando as vendas e pesquisas atuais nos levando a uma situação extremamente otimista. Abaixo explico o porquê do meu otimismo.Em 06.03.08 uma matéria informa que: A Fábrica da Dell, em São Paulo divulgou que o Brasil já é o quinto mercado mundial de computadores e deve ser o terceiro em 2010, só ficaremos atrás da China e dos EUA. Com dados estatísticos confiáveis José Roberto Caetano e Roberta Paduan da EXAME, de forma clara e objetiva demonstram que o mercado interno brasileiro, em computadores, passou de 10 bilhões em dólares em 2002 para 16 bilhões em 2007, com crescimento de 60%. Que mesmo com os 11 milhões de unidades vendidos no ano passado e apenas 23% das residências do país contarem com PCs, já atingimos o posto de quinto mercado mundial do setor. Aqui uma observação: Enquanto a pesquisa apresentada pela Professora Bia fala em 19% outra certamente mais recente já fala em 23%.Em 24.03.08 , às 14h24 a Agência REUTERS divulgou pela internet a notícia de que o “Brasil bate recorde com 40% mais internautas”. A notícia acrescenta ainda “O levantamento afirma que o tempo médio de uso residencial da Internet pelo brasileiro também bateu recorde no mês passado, avançando a 23 horas e 51 minutos, duas horas e 56 minutos acima do tempo de março. A média mantém o Brasil na liderança de tempo de navegação entre os 10 países monitorados pela empresa de pesquisa.” E continuando: “O ritmo de crescimento da Internet brasileira é intenso”, afirma o gerente de análise do Ibope/NetRatings, Alexandre Sanches Magalhães. “A entrada da classe C para o clube dos internautas deve continuar a manter esse mesmo compasso forte de aumento no número de usuários residenciais”, disse o analista em comunicado à imprensa.Em 08.05.08, ou seja, três dias após a palestra, a Agência REUTERS, às 18h36 divulga a melhor das notícias: “Até 2011, um em cada 2 brasileiros terá computador, diz FGV. A penetração de microcomputadores no Brasil deve dobrar nos próximos três anos, de acordo com uma estimativa divulgada pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Até 2011, um em cada dois brasileiros terá um computador, segundo o estudo. Com uma média de crescimento nas vendas de PCs de 16% ao ano, índice considerado “conservador” pelos organizadores da pesquisa, a base instalada de microcomputadores deve dobrar para 100 milhões. (Grifo e negritos meus). “Como a população cresce algo como 2% ao ano, teremos 200 milhões de brasileiros, o que equivale dizer que a penetração será de 50%”, explicou o professor Fernando Meirelles, em entrevista à Reuters. Hoje, a penetração dos PCs é de 26% dos brasileiros, índice que este ano superou a média mundial, de 21%.”A matéria continua com previsões cada vez mais otimistas, mais merece destaque o fato de que enquanto a pesquisa da Professora Bia fala em 19%, a pesquisa da Exame relativa ao ano de 2007 falava em 23% e a última pesquisa já realizada até 08.05.05 eleva o percentual para 26%. Com todo respeito a pesquisa apresentada na palestra da Professora Bia, a verdade é que acompanhar o crescimento de vendas e de números de pessoas que possuem computador de mesa ou acessam a internet é um trabalho de pesquisa quase que mensal.O Brasil já tem uma posição de destaque no uso da internet e se concretizado o programa do Governo Federal em colocar nas escolas públicas até 2010 a quantidade de 10 milhões de computadores, o que acredito vai acontecer, mesmo que se diga que por interesses políticos partidários, teremos jovens aprendendo utilizar a internet sob orientação adequada, com melhor acesso às pesquisas e informações jornalísticas.

Por: Carlos Alberto Saraiva - Juiz de Direito

Fonte: http://saraiva13.blogspot.com/2008/05/saida-internet.html

2 Comments:

EPM said...

A TECNOLOGIA AINDA NÃO AVANÇOU PARA TANTO
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) celebrou, no dia 18 de agosto, seu 30º aniversário. A data, que consolida três décadas de uma história de lutas pela liberdade de imprensa e a valorização dos jornais em uma sociedade livre e democrática, também traz à oportunidade a reflexão da seguinte incerteza, que vem sendo intensificada com a expansão da internet, a partir da década de 90: o jornal impresso vai sobreviver às cada vez mais rápidas, baratas e inovadoras formas digitais de disseminação da informação e do conhecimento?
A questão é controversa e inspira diferentes opiniões. Do lado dos que acham que o jornal impresso está com os dias contados, estão os que atribuem o seu provável sumiço a causas naturais, sendo ele substituído, involuntariamente, por novas mídias. Muitas pesquisas afirmam, nesse sentido, que a internet já superou os jornais como mídia preferencial, estando bem próxima, inclusive, da TV. Há também os que dizem serem os próprios jornais assassinos de si mesmos, quando cortam custos demitindo bons jornalistas e pecando pela falta de qualidade.
Os que acreditam na sobrevivência dos jornalões atribuem a defesa ao fato de que a informação on-line, muitas vezes restrita a assinantes ou alvo de desconfiança quanto à sua credibilidade, acaba aumentando o interesse dos leitores pelo produto em papel. Por isso, muitos empresários do setor continuam investindo na modernização dos parques gráficos dos seus jornais. Outro fato que corrobora a não extinção dos jornais, é que no Brasil o número de pessoas com acesso a computador ainda é restrito.
É plausível aceitar que cada corrente de pensamento sobre a extinção ou não do jornal tenha o seu valor. E assim como o rádio soube se reinventar e sobreviver, depois do advento da TV, o jornal impresso também o necessitará, alinhando-se ao online de maneira bem criativa. O que não pode faltar, seja na tela ou no papel, é independência, diversidade de opinião num mesmo veículo, além, é claro, de informações de qualidade e confiáveis.
EPM
http://epmcomunica.blogspot.com

EPM said...

A TECNOLOGIA AINDA NÃO AVANÇOU PARA TANTO
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) celebrou, no dia 18 de agosto, seu 30º aniversário. A data, que consolida três décadas de uma história de lutas pela liberdade de imprensa e a valorização dos jornais em uma sociedade livre e democrática, também traz à oportunidade a reflexão da seguinte incerteza, que vem sendo intensificada com a expansão da internet, a partir da década de 90: o jornal impresso vai sobreviver às cada vez mais rápidas, baratas e inovadoras formas digitais de disseminação da informação e do conhecimento?
A questão é controversa e inspira diferentes opiniões. Do lado dos que acham que o jornal impresso está com os dias contados, estão os que atribuem o seu provável sumiço a causas naturais, sendo ele substituído, involuntariamente, por novas mídias. Muitas pesquisas afirmam, nesse sentido, que a internet já superou os jornais como mídia preferencial, estando bem próxima, inclusive, da TV. Há também os que dizem serem os próprios jornais assassinos de si mesmos, quando cortam custos demitindo bons jornalistas e pecando pela falta de qualidade.
Os que acreditam na sobrevivência dos jornalões atribuem a defesa ao fato de que a informação on-line, muitas vezes restrita a assinantes ou alvo de desconfiança quanto à sua credibilidade, acaba aumentando o interesse dos leitores pelo produto em papel. Por isso, muitos empresários do setor continuam investindo na modernização dos parques gráficos dos seus jornais. Outro fato que corrobora a não extinção dos jornais, é que no Brasil o número de pessoas com acesso a computador ainda é restrito.
É plausível aceitar que cada corrente de pensamento sobre a extinção ou não do jornal tenha o seu valor. E assim como o rádio soube se reinventar e sobreviver, depois do advento da TV, o jornal impresso também o necessitará, alinhando-se ao online de maneira bem criativa. O que não pode faltar, seja na tela ou no papel, é independência, diversidade de opinião num mesmo veículo, além, é claro, de informações de qualidade e confiáveis.
EPM
www.epmcomunica.blogspot.com/

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