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quarta-feira, 7 de maio de 2008

Aconteceu mais uma vez

Crimes de extermínio tem sido cada vez mais freqüente em Riachão do Jacuípe. Em menos de seis meses recordo-me ao menos de três casos.

O primeiro dos quais, teve como vítima, o indivíduo conhecido com "Nildo de Zé da Jega", o segundo, em dezembro último, "Osvaldo", pai do Moreno (este, com várias passagens pela polícia) e ontem aconteceu mais um, desta vez contra o ex-policial militar Roberto, conhecido como Rob de Manu fotógrafo.
Nos últimos cinco anos, várias outras execuções deste tipo, creio que passam de dez, ocorreram e até o momento não se desvendou um único caso.
Embora todas as vítimas tenham tido passagem pela polícia ou sejam parente de pessoas processadas ou condenadas pela justiça, é bastante preocupante o que vem ocorrendo.
A vida humana está sendo banalizada, o estado perdeu sua capacidade de dar respostas satisfatórias à sociedade que muitas vezes, por influência dos meios de comunicação que tanto banalizam com reportagens sensacionalistas acabam contribuindo para que o cidadão acredite que está mais seguro devido ao fato de que alguém tirou de circulação um elemento perigoso. A sociedade não consegue se indignar com tais fatos.
O comportamento omisso do estado, que na maioria das vezes, sequer, investiga nem esclarece tais fatos, somados ao da mídia que aproveita não para discutir o assunto com maturidade e com a responsabilidade que merece, e sim da forma que mais dá audiência têm trazido conseqüências inimagináveis.
De acordo com a nossa constituição e ainda de acordo com as leis da maioria dos países civilizados, ninguém pode ser condenado sem um julgamento digno.
Assassinar pessoas que tem passagem pela polícia, não é coisa aceitável para nenhum cidadão minimamente civilizado.
O fato de ter cometido um erro na vida, ou ainda que se continue a cometer não dá o direito a ninguém igualar-se a um criminoso para agir por conta própria e fazer a "justiça com as próprias mãos".
Não se faz justiça com mãos própria e sim com o esforço de uma sociedade que exige do estado uma polícia (tanto judiciária, ou seja, civil como como a corporação militar) séria, competente e igualmente, um sistema judiciário e carcerário capaz de socializar o marginal que na sua grande maioria nunca foi socializado, daí porque não há que se falar em ressocializar, uma vez que nunca foram socializados. Nunca tiveram condição humana e cidadã de viver harmoniosamente com sociedade.
Não tenho competência nem condição de julgar ninguém, sou apenas um cidadão. Nessa condição, manifesto minha indignação, minha insatisfação e minha reivindicação para que tais fatos sejam apurados, coibidos e punidos com rigor pela aparelho estatal.
Aos familiares das vítimas, hipoteco minha solidariedade e apresento os mais sinceros pêsames.

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